As estradas de São Paulo terão vigilância recorde neste verão. Além de radares fixos e bafômetros, a Polícia Militar Rodoviária terá tablets conectados à internet para passar informações aos policiais e, pela primeira vez, aparelhos nas viaturas que leem as placas de carros e checam se estão com a documentação em ordem.
Somando radares fixos, móveis, tablets e bafômetros, serão cerca de 1.100 dispositivos espalhados pelos 22 mil quilômetros de rodovias estaduais. Todas as saídas da capital terão agentes com bafômetros; são 117 aparelhos.
Além dos aparelhos comuns, agentes usarão cinco dos chamados “etilômetros passivos”, bafômetros que detectam se o motorista bebeu sem a necessidade de ele assoprar o aparelho.
Novidade – O trabalho da polícia contará com uma novidade. Sessenta e dois radares móveis lerão as placas de carros abordados por policiais e dirão, na tela, se o IPVA e o licenciamento do veículo estão atrasados – se tiverem, o veículo pode ser apreendido. O princípio é o mesmo dos cerca de 40 radares fixos já instalados nas rodovias que têm Leitores Automáticos de Placas (LAPs). A diferença é que os aparelhos fixos também flagram velocidade acima da média.
Os radares móveis ainda estão em fase de teste. A expectativa é de que os aparelhos estejam nas rodovias já no mês que vem.
As viaturas sem radares móveis terão outro tipo de aparelho para também fazer consultas em tempo real sobre a situação documental dos veículos. São 350 tablets comprados pela PM. Sua função é a mesma do radar móvel. Só que será preciso que o policial digite a placa do veículo averiguado para obter as informações.
Os tablets se comunicam com o banco de dados da Polícia Militar Rodoviária por meio de uma conexão 3G, a mesma dos celulares com internet.
Esse aparato voltado aos veículos com documentação irregular já foi responsável, apenas entre janeiro e setembro deste ano, pela apreensão de 44 mil veículos nas rodovias estaduais.
Além da eventual documentação irregular, os equipamentos eletrônicos transmitem informações gerais do veículo – como modelo, cor, ano de fabricação e nome do proprietário. Assim, é possível ainda descobrir se o carro vistoriado foi clonado, por exemplo, ou mesmo se há boletim de ocorrência registrado sobre roubo ou furto do automóvel.