Na semana passada foi revelada uma nova fotografia do Brasil, tirada através do Censo 2010, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostrou como somos, onde estamos e como vivemos. Na divulgação dos resultados, que constatou que a população brasileira é de 190.732.694 de pessoas, foi dada uma boa notícia: a esperança de vida ao nascer no Brasil alcançou 73,17 anos em 2009, com aumento de 0,31 ano (três meses e 22 dias) em relação a 2008. Em relação a 1980, a esperança de vida ao nascer aumentou 10,6 anos (dez anos, sete meses e seis dias). No entanto, comparativamente, o Brasil ainda está longe dos índices alcançados por países como Japão (82,7 anos), Islândia (81,8), França (81,2) e Canadá (80,7), que são os primeiros da lista, conforme os dados das Nações Unidas citados pelo IBGE.
O principal objetivo do Censo é que todo o levantamento sirva como base para o planejamento público e privado da próxima década. Sendo assim, que nossos governantes façam uso dessa teoria para planejar e executar a prática, pois a expectativa é boa, mas pode melhorar e, para isso, as informações vitais do Censo devem se transformar em ações nas áreas da saúde, previdência e educação da população em geral e de assistência a grupos específicos como mulheres, crianças, adolescentes e idosos.
Na Saúde, por exemplo, a taxa nacional de leitos para internação em 2009, que foi de 2,3 por mil habitantes, ficou abaixo do padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, de 2,5 a 3 por mil habitantes, segundo a pesquisa “Estatísticas de Saúde – Assistência Médico-Sanitária”, do IBGE, referente ao ano de 2009.
Em outro ponto deste levantamento, constatou-se que a oferta de equipamentos hospitalares de tecnologia mais avançada aumentou no País de 2005 para 2009, porém, há excesso no setor privado e escassez para pacientes do SUS.
Esses são alguns dos problemas apontados para que um caminho seja direcionado.
Ao apresentar o resultado do Censo 2010, os responsáveis pelo IBGE reafirmaram esperar que os dados coletados sirvam de base para o planejamento público e privado, em favor da melhoria das condições de vida da sociedade brasileira. Que assim seja, para que no próximo Censo, daqui a 10 anos, a expectativa esteja melhor, não só de vida, mas em todos os sentidos.