Querer é poder, mas é preciso atuar

A união realmente faz a força. Juntando esforços com os comerciantes de Ribeirão Pires, o Conselho Municipal de Segurança (Conseg) alcançou uma conquista não só para os envolvidos na ação, mas para toda a população. Por meio de um abaixo-assinado, eles pediram ao prefeito Clóvis Volpi (PV) a instalação de câmeras de segurança na área central da cidade e adjacências. A solicitação chegou numa boa hora, em um momento onde a Prefeitura disponibilizará de um dinheiro a mais em caixa, graças ao licenciamento para que a empresa Rigras opere o sistema de transporte antes feito pela Irmãos Corrêa.

Na segunda-feira (28), dia da entrega do abaixo-assinado ao prefeito, Carla Soares, presidente do Conseg, lembrou que, em maio de 2010, houve uma grande movimentação do comércio, junto aos vereadores, para que fosse melhorada a segurança na cidade, mas não avançou. Em julho do ano passado, o Mais Notícias publicou a intenção do Conselho em coletar, junto aos comércios do município, assinaturas que mostrassem o clamor do povo pela atenção à questão da segurança. “Demos um tempo para a Prefeitura fazer, ela não fez e agora vamos fazer a nossa parte”, disse Carla, naquela ocasião. E os integrantes do Conselho fizeram, assim como todo cidadão deveria fazer. Elegemos nossos representantes para que eles trabalhem em prol da população, mas isso não significa que nossa obrigação acabou no momento em que confirmamos nosso voto. A atitude do Conseg mostra que querer é poder sim, mas, para isso, é preciso atuação, participação. Assistir ou ler ao noticiário e reclamar que a coisa está feia não vai embelezá-la. O máximo que pode acontecer é a situação ficar como está, mas geralmente, a tendência é piorar.

Muita gente tem plena consciência da importância de exercer, de fio a pavio, seu papel de cidadão, como é possível notar nas sessões da Câmara Municipal, nas audiências públicas para discussão de temas importantes, mas os rostos vistos nessas ocasiões são quase sempre os mesmos, o que mostra um interesse limitado pelos assuntos públicos. Na primeira reunião de 2011 do Conseg, por exemplo, apenas cinco munícipes participaram. Um público escasso, situação também comum em reuniões de outros órgãos.

São vários os Conselhos existentes na cidade, em áreas que dizem respeito – e muito -, a toda população e que estão de portas abertas para ouvir as suas sugestões e somá-las a outras para que sejam levadas adiante e algo possa ser feito. E aos setores que ainda não contam com um órgão como esse, a ausência serve de estímulo para que um grupo seja formado e se faça representar.

Demorou muito para o pedido do Conseg ser atendido, mas, talvez, se seus membros não tivessem agido por si próprios, a espera por mudanças poderia ser bem maior, ou ainda, as mudanças poderiam nunca vir.

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