Trilha do desenvolvimento

Nas últimas semanas, temos visto Saulo Benevides anunciar a chegada de diversos investimentos para melhorias na cidade de Ribeirão Pires, em especial no setor de turismo e infraestrutura urbana, alvo de questionamentos diversos nos últimos anos.

Através de negociações com os governos federal e estadual e também a ajuda de deputados que destinaram emendas parlamentares, há a promessa de que a cidade irá se tornar um “canteiro de obras”, com diversas melhorias – muitas delas pleiteadas há anos.

A principal delas é a ligação viária entre as partes alta e baixa da cidade, que estão separadas há quase três décadas, quando a passagem de nível foi revertida apenas para a passagem de pedestres. A separação nitidamente influencia o desenvolvimento de Ribeirão Pires, que vê todos os negócios (e investimentos públicos, vale ressaltar) concentrados no “lado de baixo”, deixando a parte superior destinada quase que exclusivamente às residências. Prova disso é que das empresas que aportaram recentemente na cidade, nenhuma se instalou no Centro Alto que apenas há alguns meses ganhou sua primeira Unidade Básica de Saúde. A região carece até mesmo de serviços hoje consideradas essenciais, como caixas eletrônicos e supermercados, obrigando seus moradores a se deslocarem rumo à parte baixa.

A nova ponte pode descentralizar o comércio da cidade, trazendo também evolução à essa região. Desta forma, o trânsito pode melhorar como um todo, já que diminuirá a necessidade de deslocamentos. Até mesmo as ruas Kaethe Richers, Capitão José Gallo e o entroncamento entre as avenidas Humberto de Campos e Santo André, hoje os pontos mais críticos do trânsito na cidade, devem melhorar.

Fato é que o viário da cidade há anos carece de intervenções de peso. Ao mesmo tempo em que o número de carros praticamente dobrou, a malha ganhou poucos metros de extensão. Isso, aliado ao já citado problema da concentração de serviços no mesmo lugar, faz com que seja urgente uma intervenção drástica sob pena do problema que hoje ainda é equacionável ganhar proporções “paulistânicas” – o que nenhum morador da Pérola da Serra quer.

Cabe agora à Administração Municipal investir os recursos com sabedoria para que a cidade entre de vez nos trilhos do desenvolvimento. Saulo Benevides tem uma chance rara de colocar seu nome na história de Ribeirão Pires. A hora é agora, o momento é já.

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