Antes de entrarmos no ano de 1953 na década de glória do nosso Corinthians, permitam-me comentar a noite inglória de ontem (26) no jogo contra a equipe do Fortaleza, freguês nosso de 15 anos, que quase quebrou o tabú dentro da Arena Corinthians em um jogo onde os atletas, sem exceção, pareciam estar realizando um treino coletivo, e não uma partida oficial pelo Campeonato Brasileiro de 2020. Não fosse aquele ”gol achado” de Luan, e a má pontaria do adversário, teríamos amargado uma derrota ridícula.
Mas vamos ao longínquo ano de 1953, ano quase que de preparação do time bicampeão em 51 e 52 para as grandes conquistas que viriam em 54, ano do quarto centenário de São Paulo. E embora tivesse sido um ano de preparação, levamos de quebra mais tornei Rio-São Paulo com a participação da seleção de Caracas, Milan e Barcelona a pequena taça do mundo disputada na Venezuela, os destaques ficaram para a goleada de 6×4 contra o rival Palmeiras, que chegou a ser de 6×2, descontada no final da partida, e do inflamado discurso do Presidente Alfredo Trindade que não admitia perder para o São Paulo era o 1º dia de fevereiro de 53 e o São Paulo nos vencia por 2×0 em pleno Pacaembú. Trindade desceu ao vestiário e mexeu com o brio da rapaziada que virou o placar para 3×2 com um gol de Souzinha logo aos 3 minutos do segundo tempo e Carbone aos 15 e 42 da segunda etapa determinaram a virada determinaram a virada.
Outro fato curioso foi o treino realizado na penitenciária do estado que serviu de prato cheio para os ”antis” que gostavam e gostam de tripudiar sobre as origens populares do ”time do povo”. De qualquer modo a experiência foi bem sucedida pois vencemos o Santos por 3×2 pelo Campeonato Paulista em 20 de dezembro de 1952. Semana que vem falaremos sobre o incrível 1954 do Timão.
Por Enéas
