Mulheres: não há limites para elas

Sexo frágil? Isso a mulher nunca foi. Mesmo nos tempos mais antigos, quando a elas eram limitadas apenas as funções de cuidar do lar e dos filhos, nada mais. As mulheres sempre foram fortes, cheias de garra e determinação. As mais ousadas, desafiaram os costumes de suas épocas e mostraram à sociedade que as mulheres podem se dedicar a muito mais coisas do que somente uma pia ou um fogão. Não há atividade ou trabalho que elas não possam executar – e fazer bem feito, diga-se de passagem.

Asaléa de Campos, foi a primeira mulher árbitro de futebol reconhecida no mundo. Ela cursou oito meses a escola de árbitros da Federação Mineira de Futebol, em 1967, mas foi só em 1971 que o diploma dela foi reconhecido pela FIFA.

Outra brasileira, Aparecida Wilma Pestana, foi a primeira caminhoneira do Brasil e ganhou o título de Motorista do Ano, concedido por uma Transportadora, em 1985.

Maria Elisabete Torres de Oliveira, Tanara Régia Del Santoro e Marilu Sidnei Braga foram as primeiras a operar os trens do Metrô de São Paulo, em 1986.

Hoje são muitas as que desempenham essas e outras funções antes vistas como exclusiva para homens. E elas foram mais além. Pela primeira vez na história do Brasil, o país tem em seu cargo majoritário uma mulher. Mais um passo dado e que, certamente, não parará por aí. Como Dilma Rousseff disse tantas vezes durante a campanha eleitoral, as meninas, quando perguntadas o que querem ser quando crescerem, vão poder falar: presidente da República. E isso será visto como uma pretensão normal, pois é possível.

Mas nem todos ainda perceberam, ou melhor, relutam em admitir que a mulher ultrapassou a fronteira de ser só a dona de casa. Embora a participação da mulher no mercado de trabalho tenha crescido, desigualdades ainda são nítidas quando comparada à situação ao sexo oposto. Segundo o estudo Mulher e Trabalho, realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o desempenho do mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo em 2010 proporcionou a geração de 163 mil postos de trabalho para a população feminina, o que foi suficiente para absorver 99 mil mulheres que ingressaram na força de trabalho local. A taxa de participação das mulheres na população economicamente ativa aumentou de 55,9% em 2009 para 56,2%.

Entretanto, o levantamento mostra também que permanece a desigualdade salarial entre homens e mulheres, mesmo entre os mais escolarizados. Apesar de o rendimento médio ter aumentado em ambos os casos, essa alta foi maior para os homens, fazendo aumentar a diferença de remuneração entre os gêneros. Em média, em 2009, as mulheres ganhavam 79,8% dos valores médios recebidos pelos homens. No ano passado, essa proporção havia caído para 75,2%.

As mulheres já conquistaram seu espaço, mas elas podem mais. E com a delicadeza, unida à perseverança e versatilidade, mistura única que só a mulher sabe equilibrar na dose exata, a história terá muitas outras conquistas e a única diferença entre homem e mulher que existirá será o sexo.

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