Me chama que eu vou

O vazamento das negociações entre o prefeito Volpi e o PV estadual, que deveriam ser sigilosas, desencadeou uma série de especulações e expectativas quanto ao futuro do grupo político do alcaide.

A quebra do sigilo levou a público uma discussão interna, que deve estar atrapalhando o sono do prefeito, já que o mesmo, além das pressões do comando estadual do partido para que aceite o cargo no DAEE, se afaste da prefeitura e habilite-se à disputa por Mauá em 2012, recebe pressão contrária de seu grupo de apoio na cidade, que conta com a influência de Volpi para se manter no poder na próxima administração.

Além disso, uma nova frente vem se somar e fazer coro ao grupo de apoio; os milhares de eleitores que querem o prefeito no comando da cidade até o final do mandato, pleito, aliás, muito justo.

Neste momento de suspense, o cidadão comum e o político devem estar se perguntando: Volpi irá manter-se fiel ao grupo que o colocou no poder e a seus eleitores, ou irá atender ao reclamo da instância superior do partido verde que planeja voos mais altos para a principal figura do partido na região?

A quase lendária habilidade política de Volpi deve entrar em ação, encontrando uma saída salomônica para o impasse que deve se prolongar até o início de março.

Enquanto isso, a campainha de Pavlov toca e o vice já saliva antecipando o banquete que pode ou não ser servido. Porém, na modesta opinião deste escriba, Volpi deve estar pensando, como diz a música do rei do brega, Sidnei Magal: “Me chama que eu vou”.

Gazeta

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