Estão esperando o MST ocupar o Centro?

Estância Turística. Esse título que Ribeirão Pires ostenta com orgulho, significa também que nossa cidade está de portas abertas para que as pessoas, de dentro ou de fora da cidade possam passar agradáveis momentos de lazer seja sozinho, com amigos ou com familiares.

Entretanto, há muito, nossa cidade falha exatamente no básico: os atrativos. Convidamos o leitor a refletir por um instante e dizer quais atrativos aptos ao uso há para os visitantes em nossa cidade além da gastronomia. Nenhum pode ser uma resposta mais do que plausível.

Exatamente por isso preocupa ver que espaços de convivência como o Estacionamento 45 graus e parte da Antiga Rodoviária tenham virado literalmente terras improdutivas.

Se outrora tinham serventia, hoje se tornaram meros cercados graças à trapalhadas financeiras de gestões passadas que, perdidas nas contas e na folha de pagamento inflada, acabaram por se desfazer de áreas nobres a preço de banana em negociações pouco transparentes.

O Centro novo, que ganhará um imponente Boulevard, convive há anos com o “Muro da Vergonha”, uma área cercada e sem função que ainda recebe iluminação paga pelo contribuinte, já que os postes de iluminação estão voltados para a parte interna do lote e não para as (inseguras) vielas que surgiram após o bizarro isolamento do muro. Como presente, a cidade ganhou um ponto pernamente de uso de drogas e descarte de lixo. E com um detalhe: o “feliz” proprietário, segundo fontes, não pagou um centavo sequer de IPTU desde que adquiriu o terreno, em 2012, dando prejuízo em dobro ao município.

O outro lote, ainda que esteja em situação fiscal regular, terá serias dificuldades de comercialização por se situar sobre um córrego, o que prejudica a construção de fundações, por exemplo. Isso para não falar do flagrante desrespeito à lei Cidade Limpa, uma vez que abriga portentosos e proibidos outdoors. Como resultado, a cidade perdeu, além de raras vagas de estacionamento, o espaço para a realização da feira livre de quinta.

Ora, uma área não terá serventia para construção. Outra está inútil. Por que então não devolve-las à população? Praças equipadas e com opções culturais seriam de muito mais serventia para uma cidade que tem no turismo um caminho para o futuro. O uso coletivo, de força maior para a comunidade é um justo motivo para a desapropriação.

Por isso, que tal ocuparmos essas terras improdutivas para uso de todos? Será que deixarão assim até que o MST tome conta? Com a palavra, as autoridades.

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