Dois pesos, duas medidas

Algumas pessoas acreditam que na vida a Lei do Retorno é o fiel da balança da Justiça. Há alguns anos, antes mesmo de se tornar presidente, quando disputava as eleições com o ex-presidente Fernando Collor de Melo, Luís Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, disse que “durante a campanha, o Partido dos Trabalhadores e parte da imprensa já denunciavam todas as irregularidades do passado político de Collor”, que Lula adjetivou como tenebroso.

Antes de a atual presidente Dilma Rousseff assumir seu segundo mandato, Lula, em outro discurso disse que “Agora a bola da vez somos nós. O PT não pode continuar crescendo, tem que ser atacado de todos os lados, em todas as frentes, com artilharia leve e pesada,  não importa se é verdade ou mentira. Vamos tentar difamar, destruir esse partido. No processo do mensalão, os companheiros que foram julgados já estavam condenados. Esse processo da Petrobrás, o que a gente está vendo é que quando chegar à Suprema Corte, quando o Teori (Zavascki) for analisar a delação premiada, instrumento criado por nós, a imprensa já vai ter condenado. Todo o vazamento é contra o PT. É preciso dizer que foi o PT ”.

O estranho, é que membros do PT sempre disseram combater a corrupção de outros partidos. Se colocando “à frente” das investigações e apontando os desmandos e problemáticas de outros Governos e agora, quando apontados, se dizem perseguidos.

Há alguns anos, Aloisio Mercadante, disse a seguinte frase a respeito do ex-presidente da Câmara, Ricardo Fiuza: “Quem é corrupto público e notório não precisa de julgamento”. Desta vez, um dos homens mais amados e odiados do Brasil, o ex-presidente petista, se diz perseguido pela mesma imprensa a qual ele julgou aliada na corrida eleitoral de 1989.

 

 

 

 

 

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