Direito ao protesto, direito ao pensamento

Um dos direitos fundamentais do cidadão é manifestar seu pensamento, seja de maneira pública ou restrita. Com o advento das novas mídias, que chegam até mesmo a inverter o fluxo da informação fazendo com que todos possam ser geradores de conteúdo, este conceito ganhou corpo e, seja por meio de redes sociais ou não, rapidamente foi abraçado este novo jeito de expor ideias.

Mas, como liberdade não é libertinagem, toda fala está sujeita a penalidades e, exatamente por isso, demanda responsabilidade. Certamente é esse o motivo pelo fato de o uso de pseudônimos ter virado fato recorrente, especialmente para aqueles comentários mais mal-educados que não seriam ditos ao vivo, cara a cara com o acusado.

Falamos disso porque, nesta semana, a cidade de Ribeirão Pires teve, em seu desfile cívico, uma manifestação, um protesto com pessoas de verdade, educadores que cobraram o cumprimento da Lei do Piso por parte da Administração Municipal e fizeram suas reivindicações pelo antigo método das faixas e cartazes, de forma silenciosa. Em que se pese que algumas pessoas (especialmente as ligadas a organização do evento) terem achado que aquele não era o melhor dos momentos para tal, foi um ato válido e feito sob os olhos das pessoas que podem, de fato, resolver a situação: o prefeito Clóvis Volpi e a secretária de educação Rosi de Marco, presentes ao evento e testemunhas do fato.

A coragem em “dar a cara para bater” foi elogiada e trará resultado, já que o mandatário prometeu que irá sim conceder o aumento nos termos da lei. Esse fato serve como exemplo para muitos outros. Protestos via Twitter e Facebook, tão em voga ultimamente, até fazem certo efeito, mas nunca serão tão eficazes quanto o corpo a corpo. A “acomodação no assento” nunca fará tanto efeito quanto caminhadas em grupo, respeitando, claro, os direitos de todas as outras pessoas que nada têm a ver com o assunto em questão.

A reclamação é direito e dever do cidadão, a forma mais válida de se colocar um assunto em discussão e também de trazer melhorias à qualidade de vida de todos sempre, é importante ressaltar, com educação. Afinal, a cidadania começa no respeito ao próximo.

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