Contribuição para o povo

Acabou a ressaca do feriado prolongado e agora, eleito o novo presidente da República, ou melhor, a presidente – a primeira da história do Brasil -, é hora de começar a planejar o futuro, que está bem próximo.

A discussão sobre a futura composição do governo já começou e Dilma Rousseff afirmou que vai “exigir competência técnica e um histórico de pessoas que não tenham problema de nenhuma ordem”. Assim espera o povo brasileiro. Se essa afirmação causa uma expectativa boa, do outro lado, uma outra discussão não deixa a mesma sensação: a possível recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). O governador reeleito do Piauí, Wilson Martins (PSB), defende essa ideia com recursos exclusivamente para aplicação em saúde e está mantendo contato com outros governadores para discutir repasses para a área com a presidente eleita. Em sua primeira coletiva de imprensa, Dilma disse que não vai enviar ao Congresso projeto para recriar a contribuição, mas (e é esse porém que causa receio) admitiu que deverá discutir o assunto com os governadores eleitos.

Tantos outros assuntos, aliás, uma infinidade, merecem, por parte dos governantes e da presidente, muito mais atenção do que a volta de mais um tributo. Já pagamos impostos demais, tanto que alcançamos no último mês mais de R$ 1 trilhão em tributos pagos só este ano, bem antes de quando a marca foi atingida em 2009, no dia 14 de dezembro. O que nossos representantes devem discutir é o retorno de todo esse montante que, definitivamente não é pouco, em serviços de Saúde, Segurança e Educação, e que infelizmente sai dos nossos bolsos para nunca mais voltar.

Se for pra colocar na pauta algum tipo de contribuição, que seja para contribuir com o povo brasileiro e não para aumentar o já gigantismo da máquina pública.

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