Colocando o bloco na rua

Neste final de semana, começa, oficialmente, o período eleitoral, com a realização das convenções que irão referendar os nomes de Maria Inês (PT), Saulo Benevides (PMDB) e Dedé da Folha (PPS) como os postulantes à Prefeitura de Ribeirão Pires que, após oito anos, irá trocar de titularidade.

Ainda que oficialmente a campanha só comece a partir do dia 7 de julho, um sábado, quando enfim os pré-candidatos serão de fato candidatos e colocarão “as bandeiras na rua”, o clima esteve fervente nas últimas semanas, em especial por conta da divulgação de uma pesquisa realizada pelo Ibope que colocou o candidato do PMDB à frente da corrida, ao menos neste primeiro momento – algo que, mesmo em um momento preliminar pode lhe garantir apoios extras, especialmente entre o empresariado, em que se pese o fato de que os cinco pontos de margem de erro – prova contumaz de que se trata de um levantamento ainda inicial – causem um empate técnico e mostrem que tudo ainda está no zero.

Dentre o que se fala nos bastidores, fora o fato de que um dos postulantes ao cargo majoritário ainda tem problemas a resolver com a Justiça, há uma preocupação maior a ser externada: até onde vai o apoio de fato e o de direito.

Aqui e ali, ainda que alguns estampem em seus carros o nome do cabeça de sua chapa, há quem na verdade simpatize mais com o outro lado e está apenas aguardando a oficialização da candidatura para tentar mostrar sua insatisfação com o escolhido por seus partidos. Prova disso é que, em mais de um caso, a legenda só fechou com o candidato por conta de uma decisão que veio de cima. Isso posto, o “festival de letrinhas”, forma primitiva de se mostrar força eleitoral, pode se provar mero mise en scène, ou jogo de cena em bom português.

Há uma diferença enorme em ter o apoio da legenda e ter apenas uma assinatura que coloque as três ou quatro letras nos cartazes de propaganda, um apoio vazio que nada acrescenta e pode até mesmo colocar em xeque o que, no final do jogo, seria o mais interessante: a governabilidade do futuro prefeito que, com todos esses acordos, visa garantir a maioria dos 17 vereadores que irão ocupar a Casa de Leis a partir de 1º de janeiro de 2013 – ou ao menos não ficar em desvantagem tão gritante.

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