Chegou a hora

“Resta saber agora se, finalmente, a justiça será feita e se teremos gestores públicos dignos”

Sim, meus caros, chegou a hora. Amanhã (7) marca a data-limite para que candidatos de todo o País manifestem oficialmente sua intenção de concorrer aos cargos políticos em disputa neste ano de 2018.

Enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) está deixando o governo do Estado para tentar a presidência da República mais uma vez, João Dória (PSDB), após pouco mais de um ano comandando a Prefeitura de São Paulo, opta por deixa-la para tentar substituir seu padrinho político e dar um salto maior em sua carreira política pouco tempo após inicia-la.

Em Ribeirão Pires, porém, ninguém deixou seu posto de secretário para concorrer a algum cargo. Em conversas com o Mais Notícias, alguns afirmaram que permanecem com o prefeito Kiko até o fim de seu mandato. Isso é bom ao mostrar que, mesmo que ser deputado, por exemplo, seja atraente, os secretários estão comprometidos com seus cargos e com a cidade.

E o prazo final dado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) coincide, ironicamente, com um dos episódios mais polêmicos dos últimos tempos em nossa política nacional: O julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula pelo STF (Superior Tribunal Federal), decidido pelo “Voto de Minerva” da presidente do Superior, Carmen Lúcia, que deixou a disputa em 6 a 5 contra o pedido da defesa do acusado.

A decisão teve impactos fulminantes. Até a atualização deste editorial (11h13 de ontem), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia cerca de 2%. Enquanto que o Dólar sofria desvalorização de 0,92%, operando a R$ 3,31 na venda, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançava 2,04%, a 86.083,12 pontos.

Além disso, o PT já tratava a prisão de seu líder como iminente, o que fez com que os principais nomes da legenda se reunissem em caráter emergencial em São Paulo. Esses novos episódios em nossas política e Justiça nacionais só mostram o quão forte pode ser o impacto causado por ambas em quaisquer aspectos de nossas vidas.

Resta saber agora se, finalmente, a justiça será feita – parafraseando a jornalista Rachel Sheherazade – e se teremos gestores públicos dignos de ocuparem os lugares vacantes à partir de 1° de janeiro.

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