As Eleições e o Brasil que desejamos

“Habitamos um país à deriva, permeado por incertezas, com colapso na saúde, mercado paralisado e população sem perspectiva de futuro”

Hoje é 3 de agosto de 2018 e, em pouco mais de 2 meses, saberemos quem serão os novos presidente da república, senadores, governadores e deputados que irão governar o país no próximo quadriênio.

Desta vez, ao contrário das anteriores, o cenário é de absoluta indefinição, já que as pesquisas não apontam claramente quem, dos candidatos hoje aptos a concorrer, realmente está na liderança do páreo, já que o favorito, Lula (PT), está detido e, mesmo registrado, tende a não se manter até o final da disputa. Depois disso, aparece Jair Bolsonaro (PSL), o preferido dos jovens por conta de seu jeito, digamos, “despojado” – embora sem ter apresentado, até o momento, propostas concretas.

O país que vai às urnas é diferente, em acelerado processo de deterioração desde o início das articulações pré-impeachment, tendo piorado ainda mais durante o mandato-tampão de Michel Temer (MDB). Por isso, seja aos já citados ou aos demais postulantes ao Palácio do Planalto, uma questão primordial deve ser colocada em foco: qual o projeto de país que vossas excelências defendem para os próximos anos?

Ressaltando que hoje habitamos um país à deriva, permeado por incertezas, com colapso na saúde, mercado paralisado e população sem perspectiva de futuro, o próximo presidente tem obrigação de agir como líder, comandando o processo de reconstrução não só político-econômica, mas sim de identidade nacional.

Mais que discutir o Brasil e seu papel enquanto nação na Ordem Mundial, também é mister definir se seremos coadjuvantes ou protagonistas e também a participação da população neste processo, incluindo um sério debate a respeito do nosso sistema legal, político-administrativo e, principalmente, o papel do Estado ante nossa população.

Enfim, o que se espera é que seja realizado um planejamento de médio e longo prazo, com medidas factíveis e início imediato, algo similar ao realizado com o Plano Real na década de 90 que, em momento raro, uniu os projetos de país de petistas e tucanos.

Serão 66 dias decisivos em que o voto deve ser postulado não pela quantidade de comentários irônicos, sem filtro ou “lacrações” em redes sociais, mas sim pelo projeto que se apresente mais eficaz para o futuro do Brasil. Por isso, caro leitor, participe do processo ativamente, leia, questione e vá às urnas com a certeza de que participa com a melhor escolha. Afinal, disso depende o futuro desta e das próximas gerações.

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