Artigo: Boquirroto e Fanfarrão

BOQUIRROTO E FANFARRÃO

Para quem não sabe, boquirroto é o sujeito que não segura a língua e sai falando o que “dá na telha”, sem se importar com as consequências, e fanfarrão é o indivíduo leviano, inconstante e alardeador.  Esse é o retrato que faço do Presidente Bolsonaro desde de que seu nome começou a aparecer na mídia ainda como deputado.

Posteriormente fui pesquisar sua biografia, e se a da ex Presidente Dilma não dava cinquenta linhas, a de Bolsonaro é bem mais rica, rica em fatos desabonadores.  Mas não vou usar esse curto espaço para falar da biografia do Presidente e sim para fazer uma curta e modesta análise dos últimos acontecimentos.

Um dos principais motes da campanha Bolsonaro a Presidência era o fim da velha política do toma lá dá cá e prometeu um Ministério de técnicos, isento de políticos e afilhados o que chegou a fazê-lo, e vinha colhendo bons resultados, até que suas falas e os atos e falas de seus filhos e protegidos, o colocaram em situações de ter que “quebrar o galho”, e usar seu poder de chefe de Estado para evitar consequências políticas e outras mais graves.  Aí aconteceu que os técnicos que ele nomeou, recusaram-se a atender seus pedidos e as Casas Legislativas, Câmara e Senado também o ignoraram e não restou ao fanfarrão que pregava a “nova política”, socorrer-se da “velha política” e abrir conversações com a velhas e felpudas raposas do Centrão, que certamente irão exigir cargos no primeiro e segundo escalão do Governo e na direção de Estatais, promovendo com certeza o retorno da corrupção.  Juro que quero estar errado, mas iremos assistir a reprise dos velhos filmes.

Encerro aqui, com uma pérola pinçada de uma declaração recente do Presidente, onde havia uma informação de que seu filho 04, teria namorado a filha de um militar da reserva no condomínio onde eles moravam.  O Presidente chamou o 04 e falou: “Quero a verdade, você namorou a filha de fulano?”, e o 04 com toda a modéstia responde “Pai eu nem a conheço e depois já saí com metade do condomínio, como vou me lembrar?”

Isso posto, nada a acrescentar.

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