A qualidade de vida por trás das praças

Por mais que grandes empresas queiram se instalar em Ribeirão Pires, por mais próximo que ela esteja da agitação de São Paulo, não tem jeito: a cidade tem a sua particularidade de clima interiorano, de cidade tranquila, onde todos se conhecem e tem muitas histórias para contar juntos.

Quando se pensa em uma cidade típica do interior, um local vem rapidamente à mente: as praças, onde a criançada pode correr e brincar com tranquilidade, enquanto os pais, sentados no banco, colocam a conversa em dia. Pouco adiante, os mais velhos contam causos, jogam baralho, ou apenas apreciam o movimento. Um lugar que agrada todas as gerações.

O município ribeirãopirense também tem as suas praças, mas nem sempre as pessoas podem desfrutar das cenas descritas acima. O Mais Notícias já publicou o caso de uma em que os bancos desapareceram com o mato que tomou conta do local. Recentemente, foi aberta discussão em uma rede social, cujo tema indaga: “Aonde vão parar as boas e velhas praças de Ribeirão Pires?”. O questionamento é sobre as obras de revitalização pela qual estão passando as praças da Matriz, da Vila Aurora e mais especificamente, a da Maçonaria, no Centro Alto, onde estão sendo erguidos três quiosques que abrigarão comerciantes atualmente instalados em bancas ao longo da calçada em frente à praça.

Apesar de toda vocação, Ribeirão Pires não é uma cidade do interior, está situada na região do Grande ABC, onde a movimentação é intensa, mas nem por isso as praças devem ter outro caráter que não seja aquele citado no início desse editorial: um lugar para sentar, deixar os filhos correrem, respirar, relaxar.

As praças da cidade são ótimos locais para a instalação de equipamentos de ginástica – as academias ao ar livre – e brinquedos para a crianças, coisas simples, como gangorra e balança. Enquanto os pais praticam exercícios, os pequenos se socialiazam com outras crianças e se divertem. As praças também são ótimos espaços para exaltar a cultura. Nelas poderiam ser colocadas as obras de arte que estão espalhadas em outros pontos da cidade, sendo assim, não apenas um atrativo para os moradores em um belo fim de semana ensolarado, mas também para chamar a atenção dos turistas, que adoram clicar tudo de original que encontram. Assim, como  a implantação de coretos, igual ao da Praça da Matriz, mas desde que se faça a máxima utilização deles, com apresentações musicais, de dança, teatral, saraus, no melhor clima familiar.

Mas com essas coisas ou sem elas, as praças são espaços que precisam ser cuidados, preservados, tanto pela população, quanto pelo Poder Público, para que a área verde no meio da cidade não se torne um terreno abandonado.

Um praça não é um lugar qualquer e não combina com comércio. É um lugar que exala qualidade de vida. Ficam as sugestões.

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