O que sacudiu a prévia do Carnaval foi muito mais do que qualquer sucesso de axé ou samba enredo. Pelo menos em Ribeirão Pires. Desde os primeiros dias de 2011, o cenário político da cidade continua bastante animado. Partidos já fazem um balanço do passado, para traçar no presente os planos que executarão no futuro. É praticamente raro a assunto “eleições 2012” não fazer parte das rodas de conversas. Mas não é apenas a próxima corrida eleitoral que está mexendo com os ânimos no município. Aos onze dias do mês de fevereiro, uma notícia colocou mais confete e serpentina na política da cidade: o possível adeus prematuro do prefeito Clóvis Volpi (PV) rumo a um posto mais alto – a superintendência da autarquia DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo) – após ser indicado pela direção do Partido Verde ao cargo de grande relevância.
E o tempo não para. As discussões dentro das siglas, o traçado de estratégias, as conversas sobre possíveis alianças partidárias, tudo isso continua e, apesar destas ações estarem sendo feitas agora, são atitudes visando um resultado mais lá à frente. Já sobre a situação do comando da cidade, novos fatos surgiram na última semana, parecendo colocar, de uma vez por todas, um ponto final na novela “Clóvis Volpi vai ou fica?”. Sua permanência não seria uma decisão própria, mas sim forçada, tudo por conta de um decreto. O documento, assinado pelo então governador Roberto Costa de Abreu Sodré, em fevereiro de 1971, estabelece que a superintendência do DAEE deve ser ocupada por um engenheiro “de reconhecida idoneidade e competência no campo de atuação da Autarquia, nomeado em comissão pelo Governador do Estado, mediante prévia aprovação da Assembleia Legislativa”, como consta no artigo 10.
Chegamos ao fim da festa mais popular do Brasil e, como muitos dizem, é agora que o ano começa. E pela prévia que esses poucos meses já deram, os próximos prometem ser movimentados. Veremos o que o futuro, que já começou a ser desenhado, nos reserva.
