A dança das cadeiras no Grande ABC

Após as eleições muito se especula sobre as possíveis mudanças no alto escalão dos Governos das Sete Cidades. Mesmo que muito não saia exatamente do campo das especulações, estes boatos podem fazer com que pelo menos as ideias passem pelas cabeças dos Chefes de Executivo ou de seus comandados.

O pior não é saber até onde as fofocas dos bastidores têm sua força, mas não saber até onde elas podem servir de influência sobre quem tem o poder nas mãos. Quem se encontra em cargos comissionados pode começar a tremer na base e quem almeja alçar voos mais altos, deve se coçar e rápido, pois as coxias do cenário político regional estão bastante movimentadas.

Há quem diga que uma escolha do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), pode fazer com que os planos de alguns petistas da cidade não se concretizem. Em Rio Grande da Serra especula-se a troca de partido do prefeito, que estaria de malas prontas para ingressar no PMDB e, caso ocorra, atrapalharia os planos do prefeiturável Claurício Bento (DEM), que contaria com apoio do governo de Ribeirão na empreitada rumo ao Paço. Há também, aqueles que apostam na debandada de aliados do mesmo Marinho podendo também interferir ainda mais na política da Estância da Neblina.

Mauá não escapa à regra já que Donisete Braga alimenta no ninho duas figuras sedentas pelo poder que podem, a qualquer momento, morder a mão que os alimentam.

Paulo Pinheiro e Lauro Michels, prefeitos de São Caetano do Sul e Diadema respectivamente, enfrentam figuras fantasmagóricas da Assembleia Legislativa e do Governo do Estado como Regina Gonçalves, José Auricchio Jr e Orlando Morando. Cada um deles tentado atrair para si figuras importantes da base aliada.

O caso é que pelo próximo ano e meio, pelo menos, a mudança no quadro de apoiadores e opositores dos governos das Sete Cidades se transforme ao ponto de confundir o pobre do eleitor.

De fato, a Estância da Neblina ainda esconde muitos acontecimentos que podem transformar o rumo da história, resta agora, mais uma vez, aguardar. Por hora, as fichas estão postas sobre antigos detentores de poder e sua sede em voltar a governar Ribeirão; famílias tradicionais com seus pupilos ‘representantes da juventude’; ou mesmo o ressurgimento das cinzas de grupos políticos hoje considerados extintos na cidade.

Enquanto isso, a dança das cadeiras dá sinais de como será a política nos próximos meses.

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