Todas as esferas do governo – estadual, municipal e federal -, deveriam agir com mais transparência no que diz respeito às suas ações.
Quando algum serviço prestado pelo setor público não está sendo executado a contento da população, a imprensa, que tem como papel levar ao conhecimento dos cidadãos assuntos que lhes dizem – e muito – respeito, encontra uma enorme dificuldade para dar esse retorno aos seus leitores, ouvintes ou telespectadores. Pode notar como a frase “até o fechamento desta edição não tivemos retorno” é comum.
Para citar um exemplo, o Mais Notícias recebeu reclamações de alunos da Escola Estadual Marli Raia Reis, de Ribeirão Pires, sobre alguns problemas que a unidade escolar está passando. Na semana passada, nossa reportagem foi até o local, mas nenhum funcionário quis se manifestar, não porque não há o que dizer, mas porque não pode dizer, ordens superiores. Qual o mal em relatar sobre um problema, que vindo à público pode até ajudar a amenizá-lo mais rapidamente? Mas não pode, um silêncio que até nos faz lembrar dos tempos do coronelismo.
Um outro exemplo é o que acontece em Rio Grande da Serra. Jornalistas deste e de outros jornais dificilmente conseguem retorno de suas solicitações. O Mais Notícias já enviou, por duas vezes, questões ao secretário de Saúde, Carlos Eduardo da Silva, pedindo esclarecimentos sobre a dificuldade que a Pasta está tendo para contratar médicos plantonistas para atender na rede pública, assunto esse de extremo interesse para os riograndenses, porém, nenhuma resposta foi enviada até agora.
Transparência nos governos é muito mais do que informar os gastos com o funcionalismo, como pode ser conferido em páginas da internet de muitas Prefeituras. Ser transparente vai muito além disso. O povo pode e deve saber de tudo o que se passa, afinal, se o poder é público, não há por que ocultar nada.
