Por um melhor serviço e preços mais competitivos

Há quinze dias, realizamos um levantamento para provocar a discussão sobre o custo de vida de Ribeirão Pires, usando como exemplo os supermercados. Fomos a seis lojas, de cinco redes diferentes e pudemos constatar que, no período de um ano, comprar fora da cidade pode trazer uma economia de até R$ 900 ao bolso do consumidor.

Um dos principais focos de reclamação é justamente o Extra, principal fornecedor de alimentos da cidade. Neste caso, contudo, além do preço alto, há outra reclamação: a higiene. Diversas manifestações vieram a público e, boa parte delas levantou outra questão, em especial relacionadas às lojas do Extra de Ribeirão Pires. Na última semana, duas pessoas se queixaram da higiene das lojas. Uma delas relatou que, junto a outras cinco pessoas, viram uma série de baratas passeando pelas caixas de leite na loja da Rua Felício Laurito, gerando reclamações com a gerência. Outro relatou que havia uma goteira sobre a geladeira do setor de laticínios, com água encardida originada de uma fenda onde haveria pombos. Em dezembro de 2010, uma reclamação fez com que ambas as lojas da rede fossem autuadas pela Vigilância Sanitária. Entretanto, de lá para cá (pelo visto) pouca coisa mudou.

Isso posto, não é exagero dizer que pagamos caro por um serviço ruim, a teoria do maior lucro pelo menor custo e, talvez pela pouca concorrência na região, do “máximo custo”. A falta de mais opções de compras na cidade, em tese, faz com que os preços sejam naturalmente majorados. Mas a questão é o porquê disso, o porquê de o atendimento aos cidadãos ribeirãopirenses ser tão tosco.

Antes que problemas graves de saúde tomem conta dos nossos munícipes, é preciso uma atitude mais enérgica em relação a esta empresa. Um tratamento digno, confiável e com a higiene necessária para a venda aos consumidores finais é o mínimo que se espera de uma grande companhia, no caso o Grupo Pão de Açúcar. Respeito é a palavra que, pelo visto, anda ausente do vocabulário dos gestores destas lojas.

Enquanto jornal, uma de nossas funções é gerar a discussão e despertar o senso crítico da população. Naquela matéria, o foco principal de nosso trabalho era justamente mostrar que algo errado acontece na Estância Turística de Ribeirão Pires (e Rio Grande da Serra) que, de maneira incrível, faz com que importantes recursos (inclusive impostos) fiquem nas cidades vizinhas.

Não se trata apenas de discutir valores, mas sim qualidade. Quem sabe com uma discussão mais ampla, não possamos tornar a cidade mais competitiva e assim atrair, inclusive, mais investidores e, até mesmo, compradores de fora? Porque não ganhar mais pelo volume de vendas ao invés de uma venda isolada? São perguntas que demandam uma resposta que, esperamos, venham em breve.

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