Nova fase

A partir do próximo mês, o Hospital e Maternidade São Lucas, de Ribeirão Pires, e mais oito Residências Terapêuticas, unidades para tratamento de doenças mentais, passarão a ser geridas por uma Organização Social de Saúde (OSS).  O Instituto Illuminatus, entidade sem fins lucrativos qualificada como OSS pela Prefeitura Municipal, apresentou as melhores propostas e venceu os concursos (já que era um concurso para as Residências Terapêuticas e outro para o hospital), se comprometendo a cumprir metas de produção, como atendimento, processos, redução de custos, qualidade e satisfação da população atendida. Aliás, esses dois últimos itens é o principal objetivo da Secretaria de Saúde com a contratação da OSS. Segundo o secretário municipal de Saúde, Jorge Mitidiero, a maioria das reclamações não diz respeito à falta de medicamentos, ou falta de médicos, por exemplo, mas sim, a questão do atendimento, uma resposta um pouco ríspida, um semblante mal humorado, uma explicação não tão bem dada e por aí vai. Das tarefas que passarão a ser de responsabilidade da OSS, talvez humanizar o atendimento, como é o objetivo da Pasta, seja a mais simples de resolver, já que para isso não é preciso fazer um investimento enorme de dinheiro, nem nenhuma outra coisa complexa, é uma questão de educação e isso todos podem oferecer gratuitamente.

Mas como dissemos acima, a OSS se responsabilizará não só pelos funcionários, mas também pela limpeza, organização, pelas compras, há muito com o que se atentar. O Instituto Illuminatus é praticamente um estreante na área da Saúde. A entidade atuou  em alguns trabalhos com casas de repouso e assistência a crianças em situação de risco. Mas isso não a descredencia a estar à frente de um hospital que faz centenas de atendimentos por dia. Os problemas dos quais sofre o setor da saúde qualquer pessoa sabe de cor e salteado e, para resolvê-los, além de dinheiro, é preciso força de vontade e se as declarações do presidente do Instituto, Fred Del Nero, dadas em uma entrevista, não for apenas palavras – “O que importa é ter vontade de resolver os problemas das pessoas. E isso nós temos” -, a população pode esperar uma boa gestão.

Que o atendimento realmente venha a ser mais humanizado, como sempre deveria ser.

Compartilhe

Comente

Leia também