Em todas as cidades, não faltam reclamações na área de Segurança, Educação e principalmente Saúde pública. Só que na grande maioria das vezes, o desabafo é feito para a pessoa errada: para a esposa, para o marido, para outro familiar, para um amigo, ou para o vizinho.
Um exemplo: não é raro ouvir alguém falar das condições precárias em que se encontra o Hospital São Lucas, em Ribeirão Pires. Mas esses relatos estão chegando aos ouvidos de quem nada pode fazer para amenizar a situação. O presidente do Conselho Municipal de Saúde e também secretário adjunto da Pasta de Saúde, Rubens Moraes de Souza, afirmou não ter ciência do volume de reclamações sobre o hospital. “Baseado no acompanhamento da sociedade que recebo como ouvidor, não tenho como dar uma avaliação negativa (do hospital), não recebo uma demanda exorbitante de reclamações, nem na Ouvidoria e nem no Conselho”, disse ele ao Mais Notícias, na semana passada.
A participação da sociedade não deve se limitar ao pagamento de impostos, e cobrar algo que é assegurado por direito não significa brigar, caluniar e nem apontar o dedo na cara de ninguém. As reuniões do Conselho, seja o de Saúde, Segurança, Educação, de Desenvolvimento Econômico, e todos os outros, são ótimas oportunidades para a população debater, questionar e propor ideias que possam melhorar os serviços públicos e, consequentemente, a qualidade de vida de todos. Porém, o que se vê nesses encontros são apenas os membros dos órgãos e quando muito, uma meia dúzia de ‘gatos pingados’. Com certeza, seria muito importante para os membros do Conselho ouvir a opinião dos munícipes, o que pensam, o que sentem e assim, terem um horizonte para seguir e realizarem seus trabalhos como órgãos deliberativo, consultivo, normativo e fiscalizador que são, da melhor maneira possível.
É preciso participar mais das ações da cidade, unir esforços para melhorá-la, todos juntos, não em pequenos grupos isolados.
Reclamar por aí, não adianta. É preciso ir direto ao ponto, literalmente.
