A arte de provocar e ser provocado

A briga partidária entre PT e PMDB em Ribeirão Pires está longe de acabar. É fato que os dois partidos vem disputando e de certa forma, revezando o governo municipal. Há quem diga que essa briga é só fachada, há quem diga que realmente os “partidos” se odeiam e há aqueles que nem mesmo se importam com o que está acontecendo no cenário político local.

A prova cabal do ódio, se assim podemos dizer, entre as legendas pode se resumir em uma desavença entre dois vereadores: José Maria Adriano e Renato Foresto. O peemedebista e o petista (respectivamente) já protagonizaram algumas discussões calorosas durante as sessões na Câmara dos Vereadores. Um tem cinco mandatos o outro é debutante, mas isso não significa maior competência para um e menos credibilidade para outro.

A última briga entre eles deixou claro que apenas Adriano consegue tirar Renato do sério, enquanto outros vereadores, quando provocam, são ignorados ou recebem respostas mais brandas. A birra entre os partidos parece ter tomado a mente dos seus filiados que não descartam discussões ríspidas por menor que seja a importância do assunto, que não foi o caso da última.

O que se pede de um vereador é que ele cuide da cidade; que o mesmo seja imparcial com as questões partidárias e ativo ao trabalhar em prol do município, respeitando sempre as opiniões adversas às suas e trabalhando pelo bem comum da população; e não se sentindo no direito de provocar seus adversários políticos. O que se espera também dos vereadores, é que mesmo sendo provocado, não se deixe levar pelo calor da emoção e que mesmo julgando necessárias as discussões mantenha a serenidade e continue com seu trabalho.

Pode parecer uma questão de ponto de vista, mas quando os interesses pessoais passam por cima, do já citado, bem comum da maioria é necessário que se faça um alerta e que alguns personagens que tem nas mãos o poder de fazer a diferença deixem de lado a arte de provocar e ser provocado e pensem no seu eleitorado, e no legado que deixarão, já que ter cinco mandatos é motivo para se gabar.

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