2020 começa na segunda-feira

Tão logo se fechem as urnas no domingo e seja dormido o sono dos justos, serão dados os primeiros passos para as eleições municipais de 2020.

O caro leitor pode achar exagero, mas em tempos de pouco dinheiro e limitação de publicidade, quem planeja se aventurar a algum cargo em 2020 deve “se coçar”.

Considerando o obvio princípio de que a imensa maioria dos políticos não será eleita, será hora de aproveitar a exposição deste pleito para fixar a marca na mente do eleitor.

Para esse período, baseado na experiência traumática da eleição 2018, aprendemos uma serie de lições. Talvez a principal seja o advento definitivo da, digamos, “contrainteligência” nas campanhas eleitorais que, turbinada pelas notícias falsas, tem causado calafrios. Mais do que exaltar qualidades, ilustra-se os defeitos do rival. Não há uma campanha propositiva, mas sim uma negativa. Vota-se contra os defeitos do rival, não nas qualidades do escolhido.

É uma lógica inversa e perversa que nos faz pensar o quanto vale a pena usar o conhecimento para fugir da bolha de ignorância que reside na sociedade atual. Pouco se lê, pouco se estuda e, pior, quem faz isso acaba sendo ridicularizado, já que o que manda hoje em dia é o nivelamento por baixo, fenômeno que pode ser atribuído a – já citada aqui mesmo neste espaço – pós-verdade.

Desnecessário dizer que isso, a médio e longo prazo este fenômeno que hoje engorda bolsos e decide eleições será prejudicial. Com as pessoas deixando a educação formal de lado e priorizando questões pessoais, teremos baixo desenvolvimento sócial-tecnológico, o que é péssimo para a construção de um país mais justo, digno e honesto.

Por isso, leitor, nosso conselho a você é usar a sabedoria. Leia o plano de governo de seu candidato. Estude se o que ele promete é possível de ser realizado e, principalmente, vote com consciência e não pelo ódio ou pelo rancor. Caso contrário, serão quatro anos jogados na lata do lixo.

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