Prefeitura dá autonomia para as escolas manusearem o dinheiro público

Diante da necessidade de pequenos reparos nas escolas municipais de Ribeirão Pires, como troca de lâmpadas, ou de um vidro, a equipe das unidades de ensino não precisarão mais esperar pela Prefeitura. Ela terá autonomia para resolver esses tipos de entraves. O prefeito Clóvis Volpi (PV), em coletiva de imprensa ontem à tarde, explicou como isso será possível. “Quando você ia consertar uma janela, trocar um vidro, tudo era muito caro e demandava uma logística muito complicada. Aí nós discutimos com o Tribunal de Contas (TC) a possibilidade de repassarmos os recursos financeiros para as APM’s (Associação de Pais e Mestres) e elas prestariam contas do dinheiro que nós estávamos mandando, porque todo dinheiro público que vai para uma entidade exige um controle muito correto; se a APM errar, quem responde pelo erro somos nós. Então, nós treinamos os diretores de escola para fazerem uma prestação de contas, fizemos várias reuniões com esse pessoal todo para que eles pudessem aprender a manusear o dinheiro público, pois, no passado, isso existiu durante um tempo, só que virou um problema sério, porque os diretores e as APM’s não sabiam manusear o dinheiro público, então, quando você ia prestar conta no TC, dava problema. Em 2007 nós fizemos um modelo, ensinamos, organizamos cada escola e foi repassado um total de R$ 56 mil (na época era cerca de 20 unidades). Agora, em 2011, são 31 escolas e o montante repassado está previsto no valor de R$ 570 mil. Isso dá 1000%”, ressalta Volpi. “A escola tem que ter um gestor administrativo, pedagógico e financeiro. São as três vertentes que a Secretaria trabalha e uma delas é através da APM da escola. É um investimento na gestão da autonomia das escolas. A gestão financeira dentro da escola é muito importante”, completa a secretária de Educação e Inclusão, Rosi Ribeiro de Marco.

Secretária de Educação, Rosi de Marco, e o prefeito Volpi explicaram a iniciativa

Formação – A autonomia das escolas não para por aí. Visando melhorar a qualidade do ensino oferecido aos alunos, os diretores poderão fazer contratações de serviços, como palestras e outros tipos de atividades. “A própria escola poderá fazer contratos de formação em serviço. Por exemplo: os professores precisam de uma formação específica em alfabetização. A escola vai ter autonomia de ir atrás de um bom profissional, colocar isso dentro do plano de trabalho, que passará pela supervisão da Secretaria de Educação e, após isso, será dado o aval para essa contratação. Além de ser uma inovação, é muito importante, porque a necessidade daquela escola será atendida de fato”, ressalta Rosi.

“O diretor poder contratar um palestrante, um técnico, trará uma qualidade melhor. Ela terá dinheiro para isso sem precisar de toda a estrutura da Prefeitura, que demora muito”, acrescenta o prefeito.

A secretária destaca que essa iniciativa trará muitos ganhos à Educação Municipal e será uma grande contribuição para que bons resultados sejam alcançados na Prova Brasil, que compõe o Sistema de Avaliação da Educação Básica e oferece resultados por escola, município, unidade da Federação e País.

“Estamos com os olhos voltados esse ano para a Prova Brasil. Temos que preparar essas escolas e se, realmente há a necessidade de uma formação específica para as salas de 4ª e 8ª séries, que irão fazer a Prova Brasil, nossa equipe vai direcionar para isso. Você não pode jogar o dinheiro na escola sem objetivo, sem plano de trabalho, sem meta, e o nosso objetivo final é o sucesso do aluno”, conclui Rosi.

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