O uso dos tablets na Educação

Um campo vasto de conhecimento a um simples toque de dedos. Agilidade, interação e praticidade transformaram os tablets em grandes aliados da Educação. Tanto que em junho, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou que discutiria o uso do equipamento em escolas públicas com os ministros da Educação, Fernando Haddad, da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Ministros discutem o uso de tablets em sala de aula

Para o Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, João Luís de Almeida Machado, qualquer tecnologia que seja inserida no contexto escolas é bem-vinda, mas para que seja plenamente aproveitada é preciso muito planejamento e preparo. “No tocante a preparo, por exemplo, antes dos alunos terem acesso a qualquer equipamento é preciso que os professores conheçam o equipamento, se familiarizem com ele e que percebam suas potencialidades técnicas e pedagógicas. Qualquer recurso tecnológico implica a compreensão de que os demais meios e possibilidades pedagógicos continuam vivos e sendo utilizados nas aulas. O Ipad ou qualquer outro tablet é tecnologia de ponta, sensível e, portanto, também deve ser pensado quanto às faixas etárias as quais poderia ser aplicado. Há muitas questões, mas creio que as principais passam pela familiarização e compreensão destes recursos tecnológicos pelos professores e por um planejamento de ações que integre os recursos às metodologias e a filosofia das escolas”, fala.

Na Coreia do Sul, que já tem feito uso do tablet em sala de aula, existe a proposta de que, em 2014, o país não ofereça mais livro didático impresso. Para João, a substituição dos livros pela ferramenta tem prós e contras. “Há diferentes formas de se pensar a questão, entre as quais, por exemplo, o impacto que isso causaria para o meio-ambiente, ou seja, a migração da produção de livros didáticos ou qualquer outro tipo de mídia impressa para recursos eletrônicos, plataformas virtuais. Sem sombra de dúvidas isso seria muito positivo. Mas, por outro lado, há a relação dos homens com os livros e as possibilidades que ela nos concede. Com os livros podemos nos deter por mais tempo em pensamentos, reflexões, linhas… Conseguimos dar tempo para que seja possível fazer diferentes conexões, diferentemente do mundo virtual, onde tudo é rápido e não nos concede a possibilidade de respirar, de fundamentar, de refletir de forma mais detida, profunda. Talvez conciliar os recursos, usando tecnologia em determinados momentos e livros, dentro de bibliotecas escolares bem equipadas, seja uma boa opção”.

O ministro Paulo Bernardo descarta que a iniciativa brasileira deva seguir a coreana, culminando com o fim das versões impressas, mas ressalva que, certamente, “haverá estudantes que terão seu primeiro contato com o livro didático em meio digital”.

Tablet aumenta o rendimento em sala de aula

Uma pesquisa encomendada pela Abilene Christian University – ACU, no Texas, Estados Unidos, constatou que o rendimento dos alunos que usam o dispositivo móvel, no caso o Ipad, aumentou 25% com relação aos alunos que usaram o método convencional de lápis e papel nas anotações.  Além da melhoria no rendimento, os pesquisadores também informaram que na realização de um curso on-line o aproveitamento foi de 95% com o uso do tablet da Apple.

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