O amador e o profissional, à sombra do capacitado

Afinal, o que é ser um amador ou profissional? Sem olharmos para o dicionário, nosso subconsciente já define o amador como alguém que não é profissional de determinada área, que não estudou para tal e nem mesmo tem condições técnicas de exercer qualquer atividade remunerada no seguimento que escolher. Porém, amador no não literal da palavra, é alguém que exerce qualquer função por puro prazer, sem a pretensão de se tornar profissional da área, mas que realmente gosta do que faz, e faz bem feito.

Hoje em dia, algumas profissões sofrem pelo não reconhecimento do profissional, e alguns “amadores”, em busca de status e fama, acabam por entrar em alguns meios e diminuir a importância de seus profissionais.

Temos vários exemplos, mas cito apenas dois, que têm sido os principais alvos nesta nova geração midiática que o mundo conhece: o jornalismo e a fotografia. São duas nobres profissões que requerem sim, estudo, dedicação e por que não dizer, vocação. É claro que se pode aprender a escrever bem, e também fotografar de maneira diferenciada, no entanto, o não reconhecimento destes profissionais (o diploma de jornalismo hoje não é mais obrigatório para exercer a profissão, e o fotógrafo profissional luta para que sua profissão seja reconhecida), acaba gerando um inchaço dentro das empresas que por sua vez, em busca de economia , contratam a baixo custo “amadores” para algum trabalho.

Não sou contra a contratação do amador que busca aperfeiçoar-se e vê em determinado emprego a chance de ingressar profissionalmente na área, e nem mesmo daquele amador que apenas pratica por prazer e por consequência do trabalho bem feito até consegue tirar uma grana extra no fim do mês, nada disso, mas penso que para melhorar a qualidade do trabalho apresentado, principalmente ao leitor de um jornal, revista, blog, a contratação de pessoas capacitadas seria imprescindível para a melhora no diálogo entre emissores de informação, e os receptores da mesma.

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