Investimento em educação: garantia de um país melhor

Uma das grandes preocupações da Administração Pública deve ser a educação, especialmente a infantil. Pensando nisso, a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) está apresentando a candidatos a prefeito de todo o país uma carta-compromisso para que as crianças entre 0 e 5 anos sejam priorizadas nos investimentos públicos.

A ideia da entidade é conseguir dos candidatos a prefeito o compromisso formal da prioridade de investimentos para o público dessa faixa etária. Ora, é cientificamente comprovado que o investimento na Primeira Infância, justamente e época onde a psique está se estruturando e o cérebro é mais maleável e suscetível a estímulos e experiências. Exatamente por isso, é um investimento de lucro certo e resultados comprovados para a vida toda.

Investir na criança é investir também na sua família, já que cria-se uma base para esse pequeno cidadão seja um profissional qualificado e gabaritado no futuro – o que será positivo inclusive para que possamos – a longo prazo – resolver uma questão que já é parte da ordem do dia: a baixa qualificação dos nossos profissionais.

Em um mundo cada vez mais tecnológico, os profissionais brasileiros estão ficando defasados rapidamente. A chamada Indústria 4.0, com forte automação e uso da tecnologia e que demanda cada vez mais conhecimento, se desenvolve a passos lentos em nosso país e – em um paradoxo com os mais de 15 milhões de desempregados – têm vagas sobrando por pura falta de mão de obra.

Mesmo em cargos que exigem menor qualificação, há problemas para que as vagas sejam preenchidas. Segundo dados do SINE, o Sistema Nacional de Emprego, até maio deste ano foram cerca de 500 mil vagas abertas mas apenas 37% delas foram preenchidas – ainda que boa parte delas tenha como exigência o Ensino Médio Completo. Contudo, os candidatos apresentavam dificuldades para se comunicar – ou seja, uma deficiência que vem justamente de falhas de nosso sistema de ensino.

Desta forma, o investimento na Primeira Infância é fundamental. E, para que seja de fato eficaz, a entidade pede aos prefeitos que se comprometam com isso por meio da elaboração de leis, para que seja uma política de cidade, a longo prazo, não uma política de gestão.

Para um país com sério déficit educacional como o nosso, trata-se de iniciativa extremamente louvável. Repetimos: uma criança bem atendida, significa uma família acolhida e, muito mais que isso, a esperança de um país melhor.

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