Em um recente encontro com a imprensa, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PDSB), comentou as propostas que estão sendo aplicadas para melhora na educação. Segundo ele, alguns pontos já foram aplicados no ano passado com certo sucesso, o que abre espaço para um avanço no programa e nos projetos educacionais propostos pelo plano de governo.
Governador admite que aumento de salário para professores só acontece caso haja excesso de arrecadação
Para Alckmin, uma das alavancas para o aumento na qualidade da Educação foi a experiência de oferecer o ensino médio e o curso técnico na mesma escola, em períodos diferentes. “Isso permitiu ao aluno fazer ambos os cursos, terminando o ensino médio com dois diplomas e uma profissão, qualificado para o mercado de trabalho”, comenta o governador. Esta aplicação tende a ser ampliada por conta do resultado positivo alcançado em 2010.
A fim de recuperar os alunos evasivos, o governo do Estado pretende criar cursos rápidos de 80-100hs, preparatórios para os chamados ‘vestibulinhos’. Tal medida vai possibilitar ao interessado a oportunidade de recuperar o conteúdo perdido por faltas. Além disso, esse mesmo aluno deve ser inscrito no EJA (Escola de Jovens e Adultos), a nova versão do extinto supletivo. “A rápida qualificação somada ao EJA permitirá a breve retirada de diploma, ajudando essa parcela da população”, visualiza o chefe do Executivo Estadual.
Outro enfoque concedido aos alunos do Estado será o fortalecimento de uma segunda língua. A meta do governo é ter 600 mil alunos podendo estudar outro idioma nas unidades do CEU (Centro Educacional Unificado), ou na rede privada com o auxilio de uma bolsa paga pelo Estado.
Neste ano, Geraldo Alckmin não garante reajuste salarial aos professores, mas reconhece a necessidade de conceder um aumento nos pagamentos do magistério acima do índice inflacionário. O que está previsto para 2011 é o pagamento de benefícios por mérito, uma espécie de bônus que teoricamente irá para todos os professores que alcançarem as metas, podendo chegar ao valor de três salários. O aumento de salário nesse ano só depende de um excesso de arrecadação do Estado.
Alckmin defende que a ‘Progressão Continuada’, onde o aluno não repete de ano, não é um problema deficiente na Pasta, visto que “a maioria dos melhores colégios particulares praticam o sistema e o Governo Federal recomenda que nos primeiros anos do ensino fundamental não haja reprovação”. O que o governador sugere é uma mudança dos ciclos de ensino, dividindo os nove primeiros anos em três fases. Ao término de cada uma, os alunos são avaliados. Quem apresentar baixo desempenho será enquadrado em um programa de recuperação com aulas extras nos finais de semana ou nas férias. Faltas é o único critério que possibilitaria a reprovação no Ensino Básico.
“Vamos melhorar e avançar. A progressão tem um mérito importante, o aluno reprovado não melhora, abandona a escola”, declara Alckmin e acrescenta que a melhora vem de alunos e professores mais tempo na escola.
Por fim, o peessedebista afirma que as prefeituras receberão recursos para universalizar o ensino infantil, estendendo às crianças a educação pré-primária como uma forma de semi-alfabetização do aluno antes de ingressar no primeiro ciclo do ensino fundamental.
