Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que normalmente aparece nos três primeiros anos de vida. Pais de crianças autistas devem saber o que fazer para que os filhos sintam-se amados e importantes, já que não é raro encontrar essa disfunção comportamental. Atualmente, estudos mostram que o autismo afeta 1 a cada 110 crianças, podendo, em suas formas graves, praticamente impedir a sociabilidade, a comunicação e um padrão incomum de comportamento. Em suas formas moderadas e leves, apresenta diferentes alterações na maneira de relacionar-se, de compreender e expressar o mundo interno e externo.
Quando professores detectam a presença de autistas em sala de aula, devem estar preparados para enfrentar diversos tipos de situações. A pedagoga e mãe de um garoto autista, Eliane do Carmo Meira, explica melhor como proceder: “Primeiro o professor deve ter conhecimento sobre os transtornos deste aluno e ter conhecimento prático sobre o aluno. Deve tentar estabelecer um canal de comunicação. O professor deve ser tolerante, persistente em seus objetivos respeitando limitações”. Desenvolver tais características coloca o professor com o controle da situação e possibilitará o desenvolvimento do aluno autista.
Os pais têm grande responsabilidade no cuidado dos filhos com o distúrbio. Eliane explica que a família tem que aceitar as limitações da criança e procurar a ajuda de um profissional qualificado ou pessoas que tenham experiência com situação semelhante. “Nunca deve excluir seus filhos e sim incluí-los em todas as atividades da família na sociedade”.
Antônio Palácio, pai de duas crianças com o transtorno, aponta a fórmula de como ele e sua esposa cuidam de seus filhos. “O amor é o que faz toda diferença em nossa experiência. O apoio dos pais um com o outro torna os momentos difíceis mais suportáveis. Vivemos normalmente como qualquer outra família”, revela Palácio. Seus filhos, embora com o mesmo distúrbio, são completamente diferentes. O mais velho fala, lê, escreve, se relaciona muito bem com os amigos e familiares, apresentando pequenas dificuldades especificas. O mais novo não fala, tem irritabilidade sem razão aparente, é seletivo com relação à alimentação, o que dificulta muito o cuidado.
Palácio e sua esposa têm uma vida normal, além de uma rotina de visitas ao hospital, terapia ocupacional, fonoaudióloga e consulta com psicólogo. A família viaja, as crianças estudam, fazem compras, almoçam fora. A única dificuldade da família é o despreparo que as pessoas em geral têm em ser tolerantes. “Tivemos situações de estar numa fila no supermercado e nosso filho autista mais novo gritar ou chorar sem motivo, ficar super impaciente com a fila (mesmo a preferencial pode estar longa) e as pessoas ao redor olharem com cara feia ou mencionarem que é uma criança mimada”, conta Irene, esposa de Palácio.
Pessoas que se acham normais devem estar atentas para mitos que giram em torno do autista. O principal é achar que o autista vive em seu próprio mundo. Eles são sensíveis e respondem do jeito deles, ao afeto e amor que recebem.
Jeito de ser dos autistas – Quando falam, entendem as coisas no sentido literal, quando não falam, podem usar as pessoas para alcançar o que desejam; Podem não gostar de mudanças na rotina e no ambiente; Se isolam, principalmente de outras crianças; Frequentemente tem dificuldade em manter contato visual; Podem gostar de girar objetos, de objetos que giram ou girar em torno de si mesmo; Costumam gostar de colecionar, parear ou sequenciar objetos, datas ou informações; Repetem as mesmas frases, músicas ou palavras que acabam de escutar; Gostam de ficar se balançando ou ficar mexendo as mãos como se fossem voar; Podem se irritar com coisas que parecem insignificante para os demais; Embora possam parecer indiferentes, são sensíveis e respondem,do jeito deles, ao afeto e amor que recebem.
Para saber mais sobre o comportamento autista e como lidar com ele acesse: www.centroproautista.org.br, http://falandodeautismo.com.br http://revistaautismo.com.br e www.ama.org.br.