Na manhã da última quarta-feira (14), morreu o compositor e maestro Américo Del Corto, aos 96 anos. Ele faleceu de manhã, às 9h, no Hospital e Maternidade São Lucas, onde estava internado por complicações devido à idade. O compositor foi velado no Centro Cultural e sepultado ontem (15) no Cemitério Municipal.
Américo Del Corto faleceu por complicações da idade
Natural de Ribeirão Pires, Del Corto é o compositor do hino da cidade, escrito logo após a emancipação político-administrativa de Ribeirão. Nesta época, um professor de música teve a ideia de marcar a conquista com uma letra e foi Del Corto quem apresentou a proposta, que, desde o início, foi pensada para a voz das crianças.
Capa de “Eu, e a vida das Bandas de Música na minha, na nossa cidade”
Também na década de 1950, o maestro passou a praticar o acordeon (sanfona) e deu início à escola de música, que durou até 1971. Logo depois, por solicitação do então prefeito Antônio Simões, Del Corto formou a Banda Infanto-Juvenil e ainda a Banda Musical Municipal, que foi desativada em 2003.
Apesar de ter encerrado a participação com a música da cidade em 1985, Del Corto também marcou presença na Corporação Musical Lira de Ribeirão Pires tocando clarineta e, um tempo depois, substituindo o maestro Alfredo Della Rica na regência.
Além disso, o músico também se aventurou escrevendo livros. Um deles é intitulado “Eu, e a vida das Bandas de Música na minha, na nossa cidade” e foi encadernado em capa dura, com distribuição para poucas pessoas. A obra, que possui os escritos da capa gravados a ouro, é relato de como se formavam as bandas da cidade e sobre como Del Corto conseguiu aprender música.
O maestro também é autor do “Reminiscências: Ribeirão Pires que vi e vivi”, em que resgata parte da história da cidade, como quando conta sobre o antigo cemitério existente atrás da Igreja do Pilar e como era a linha de trem que ligava o Centro até o Pilar Velho.
Américo deixa uma filha, seis netos e um bisneto.
