Artigo: Greve nos transportes, falta de compaixão

Por Antonio Carlos Carvalho (Gazeta)

Considero a greve do transporte público um ato de extrema gravidade, falta de discernimento, de compaixão e até covarde, especialmente pela forma como foi deflagrada a paralização de ontem dos ferroviários da CPTM que reuniram-se em assembleia na noite anterior e a manhã seguinte amanheceu sem transporte.

Os meios de comunicação de massa, tvs e rádios sempre abordam a situação do trabalhador que se viu impedido de chegar ao trabalho ou retornar as suas casas. Pouco se fala porém dos doentes. Acredito que milhares deles que esperaram por três, quatro ou mais meses por uma consulta ou procedimento se viram frustrados do seu legítimo direito de locomoção e terão que voltar ao fim da fila para remarcar suas consultas.

É desumano um pós operado que iria retirar uma sonda ou fazer um curativo ter sua expectativa frustrada por uma greve inesperada. Isso sem falar dos doentes e familiares que iriam em busca de medicamentos, fraldas e outros itens essenciais a sua saúde e dignidade.

Esses poderosos e organizados sindicatos afrontam seguidamente a justiça e humilham o cidadão que depende de seus serviços, como os correios, os bancários e que tais, e se não bastasse ainda, temos os terroristas que paralisam os ônibus através de danos mecânicos e que deveriam ser incursos na lei de segurança nacional, já que não só prejudicam os serviços como causam tumulto e caos no trânsito impedindo a livre circulação de outros veículos.

Impossível que câmeras de vigilância não registrem a ação desses criminosos que atentam contra o bem estar e a segurança da coletividade.

Vamos pensar no próximo, o mundo carece de mais humanidade e solidariedade.

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