Afanaram uma quadra I
A expressão “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão” pode fazer sentido em Ribeirão Pires. Não que os secretários de Educação e o de Esporte sejam ladrões, longe disso, mas um pequeno furto da secretária pode fazer um grande bem à cidade. Sendo mais exato: Leo Moura (SEIT) disse, em tom de brincadeira, ter roubado uma quadra de areia do PC (SECTUR) para transformá-la em creche. A decisão teria sido tomada após uma consulta popular que preferiu uma escola à uma quadra abandonada.
Afanaram uma quadra II
De olho em outros elementos públicos abandonados e pressionada pela alta demanda por vagas, inclusive via intimação judicial, Leonice Moura, disse saber de outras quadras de areia cuja manutenção tem deixado a desejar. A secretária de Educação lançou uma indireta que se a população quiser, ela manda construir mais creches nesses locais. Cabe agora ao Paulo Cesar realizar uma reforma geral nesses elementos para não perder espaço para sua companheira de trabalho.
Partido X Sindicato
Semana passada nosso agente da SIA (Serviço de Informações Anônimas) apurou que, por trás do mandato do vereador Renato Foresto (PT), havia uma incômoda pressão por parte do Sindicato dos Bancários para que o edil legislasse a favor dos companheiros. Na sessão da Câmara desta semana, Foresto deu sinais disso ao ler uma carta do sindicato e pedir auxílio dos pares para manutenção da causa antibancos.
Rei e Maestro da Quarta
Durante a mesma sessão, o vereador petista solicitou adiamento de dois projetos de lei do Executivo, que entraram na pauta de votação em caráter de urgência. Em um movimento rápido e preciso, o vereador Zé Nelson fez um sinal com uma das mãos pedindo para que os vereadores se levantassem e se manifestassem contrários ao pedido feito por Foresto. Parece que além de puxar as barbas do prefeito, Zé Nelson é quem anda salvando a pele do Chefe nas sessões da Câmara, regendo os movimentos da bancada de sustentação.
Defenestrando palavras
Em 2014 a maior reclamação de quem acompanha as sessões da Câmara tem sido a demora dos discursos que, sem muita liga, tende a transformar-se em devaneios. Um dos mestres da ladainha desnecessária, o vereador Silvino de Castro, foi vítima de sua própria retórica. Em uma de suas apresentações ninguém lhe dava atenção (seja o público ou os vereadores), mesmo depois do desabafo: “Estão ouvindo? Se não interessa vou me calar!”. Ninguém calou-se, claro.