Além do Mais – 13/10/2016

Café Frio I

Na política, é de conhecimento geral que um prefeito, governador ou presidente de saída é de pouca (ou nenhuma) serventia. Um ditado conhecido que ilustra essa situação é “rei morto, rei posto”. Ribeirão Pires vive a chamada “fase de transição” o “rei morto” da vez atende pelo nome de Saulo Benevides. Não é segredo para ninguém que ele admira um bom café fresco e um pãozinho com manteiga pela manhã, mas, segundo as vorazes línguas, já na segunda-feira pós eleições, o cafezinho já não era fresco e até o pãozinho já era amanhecido.

Café Frio II

E, como a vida de “ex” é dura, os tapinhas nas costas estão rareando, os telefonemas já não têm retorno imediato, as correspondências chegam com atraso e até os e-mails já não funcionam direito. Se não fosse a sucessão de erros de gestão, até os protestos e reclamações teriam sumido. Mas, como se comprova no “Caso UPA”, esses devem continuar por um bom tempo – e fazer com que o café chegue salgado da próxima vez.

Até tu, relógio?

Mesmo tendo apelado para uma união com o “ex-ficha suja”, a derrota veio. E a conta de tantos anos de sonhos altos e realizações baixas (e caras) chegou. Sem dinheiro para quase nada, nem os repasses obrigatórios para entidades como a Apraespi, a Prefeitura entrou no estágio parado. E a letargia atingiu até mesmo o relógio que está (vejam só!) parado. Será que nem ele recebeu seu salarinho do mês? Isso nos lembra um velho ditado: “relógio que atrasa, não adianta”.

Fazemos qualquer negócio

Falando em não ter dinheiro, um desses passarinhos falantes e língua-soltas relatou a essa coluna que um grupo político andou “caçando dinheiro” a juros altos para pagar as despesas de campanha e acabou por ficar com a corda no pescoço e sem ter para onde correr, já que “contaram com o ovo antes da galinha botar”. E, ao que parece, a paciência do financiador não é lá muito longa…

O sucessor

Do lado dos vencedores, 2017 já começou. Nos bastidores, conversa-se sobre quem será o sucessor de Zé Nelson (PMDB), que não deverá permanecer como presidente da Câmara. Ao que parece, a tarefa deve ficar a cargo de um dos novos integrantes da Casa e dois nomes despontam como favoritos: Amigão D’Orto (PTC) e Professor Amaury (PV).

Em busca do novo

Nessa corrida, Professor Amaury leva a vantagem de ser do grupo governista e seria, segundo informações de bastidores, um nome ao qual o futuro prefeito Kiko Teixeira (PSB), não se oporia, por ser um nome considerado de coalizão. Por outro lado, Amigão D’Orto conta com a simpatia de outros grupos que veem nele um bom nome para evitar que a atual submissão da Câmara se repita na próxima legislatura. Promessa de muita emoção nas semanas que antecedem a posse.

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