Quem não dá assistência…
Não é só em Ribeirão Pires que alguns vereadores já estão trabalhando para migrar para outros partidos em busca de espaço nas eleições 2012. Na vizinha Rio Grande da Serra, Cleson Alves de Sousa está seriamente pensando em trocar o PT pelo PV. O convite da Executiva Municipal, inclusive, já foi feito.
“Não posso ser hipócrita e falar que minha eleição está ganha. Na verdade, preciso ver onde tenho mais chance”, afirmou ele.
É como diz a frase: “Quem não dá assistência, abre para a concorrência”.
Nomeações
Quem leu os atos oficiais da Prefeitura de Ribeirão Pires na última quinta-feira se assustou com o número de nomeações de secretários adjuntos: Foram 38 para 18 Pastas
A ação foi explicada pelo prefeito Clóvis Volpi (PV): “Fizemos isso nas secretarias que necessitam de mais atividade de comando”.
Outras 14 pessoas foram promovidas à gerência. “Estamos falando de pessoas que já têm vínculo com a Prefeitura”, explicou o secretário de Administração e Modernização, Eduardo Pacheco.
Mesmo com as explicações, muitos eleitores questionaram: de que adiantou, então, a determinação do Ministério Público pela dispensa dos comissionados?
Visando o amanhã
Em Rio Grande da Serra, durante a votação do pacote de benefícios para o funcionalismo público da cidade, percebeu-se que os vereadores que almejam pleitear o comando do Executivo no ano que vem não perderam nenhuma oportunidade de discursar para o plenário, que estava cheio. “Os vereadores se empolgam mais quando o plenário está cheio”, disse o presidente da Câmara, Waldemar Perillo (PSDB).
A empolgação no trabalho deve ser sempre e não só quando as eleições se aproximam. O eleitor percebe a diferença.
A voz do povo é a voz de Deus
Pelo que diz algumas fontes, o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), não tem uma preferência especial por nenhum candidato à sua sucessão. O que circula nos bastidores é que será encomendada uma pesquisa e aquele que liderar, terá o seu apoio. O levantamento deve sai ainda este mês, assim como o seu anúncio, conforme ele havia afirmado há dois meses.
Pelo visto, o Chefe do Executivo irá preferir ouvir o que o povo quer para o futuro de Ribeirão Pires, afinal, como diz o ditado, “a voz do povo é a voz de Deus”.
E os aliados? I
Toda vez que se fala em sucessão se diz que é o prefeito Volpi que irá indicar o candidato de seu grupo. Pois bem, se há um grupo, há que se ouvir a opinião de seus membros. Ninguém duvida que a opinião do prefeito teria um peso maior, talvez 3 ou 4 em dez, mas poderá e deverá haver resistências, dependendo da indicação do alcaide.
A realização de uma pesquisa talvez ajude, mas quem já lançou o nome nas ruas levaria vantagem caso fosse esse o critério adotado.
E os aliados? II
Este colunista, em contato com membros da base aliada, tem notado um crescente receio de que a divisão dos votos entre Maria Inês, do PT (diz-se que o Lula subirá no palanque dela), Saulo Benevides (hoje PV, mas de malas prontas para mudar), e o candidato governista, poderá beneficiar a petista, já que o PT, historicamente tem mais de 35% dos votos dos ribeirãopirenses. Há quem aposte que Saulo poderá vir a ser o candidato de consenso do grupo de Volpi, isso se realmente quiserem vencer as eleições.