Ciúme que mata

O ciúme, embora quase sempre negado, é um sentimento tão comum em nossa cultura, que muita gente já foi absolvida no passado usando-o como justificativa.

Ainda hoje, penas são amenizadas e crimes maiores são acobertados alegando-se ciúme. Não seria esse o caso do assassinato do coronel Ubiratan Guimarães, comandante do Massacre do Carandiru em 1992, cometido em tese pela namorada, Carla Cepollina, após um ataque de ciúmes no apartamento dele?

Então, estamos falando de algo muito sério, que deveria ser assumido, melhor entendido e mais observado por nós mesmos.

Ciúme é uma emoção instintiva criada pelo psiquismo como reação ao medo de perder e pode basear-se no real ou na imaginação. É quase sempre negado, porque demonstra a nossa falta de autoconfiança e aguça o nosso complexo de inferioridade; já que sempre pensamos que há uma outra pessoa.

O ciúme é sempre acompanhado por outras emoções negativas e poderosas: medo, ansiedade, incerteza, insegurança, desconfiança, humilhação, tristeza, desgosto, raiva, descontrole, vingança, depressão…

Enquanto algumas pessoas conseguem lidar bem com essas emoções e todas as outras que o ciúme provoca, administrando até bem aquilo que sentem; outras não conseguem contê-las e precisam expressá-las ao seu companheiro; quer em tom de vitimização e proteção, quer em tom acusatório e possessivo.

O ciúme saudável: temos que considerar que o amor verdadeiro traz a cumplicidade e o compromisso pela felicidade mútua. Ainda que possamos sentir, em alguns momentos, uma pequena dose de ciúmes, é necessário aprender a lidar com as nossas inseguranças.

À medida que vamos conquistando a autoconfiança, o respeito pelo espaço do outro, estaremos também cultivando a saúde dos nossos relacionamentos.

Todo aquele que se dispõe a amar e a viver um bom relacionamento, zela pelos cuidados necessários à sadia convivência com a pessoa amada. Por isso, não faz do outro objeto de sua propriedade. Por mais que amemos a pessoa ao nosso lado, não temos o direito de posse da sua liberdade.

Para não perder um grande amor ou não sofrer de ciúmes, a grande dica é: faça-o admirar sempre! Busque recursos para isso e seja criativo. Tratar bem, controlar o ciúme, deixar a pessoa viver e “respirar” independente de você, fará com que a admiração seja tanta, que nunca se imaginará sem um parceiro tão fantástico e cúmplice.

Cuide muito bem de você para ser admirado. Ninguém o amará se você não se cuidar e, principalmente, não amar a si mesmo!

Lembre-se sempre: os ciúmes destroem uma amizade, um namoro, um casamento, uma igreja, uma família, uma equipe de trabalho, etc. Caso sofra deste mal, não deixe nunca de procurar ajuda, pois você merece ser feliz.

Alessandro Vianna é psicoterapeuta

O ciúme, embora quase sempre negado, é um sentimento tão comum em nossa cultura, que muita gente já foi absolvida no passado usando-o como justificativa.

Ainda hoje, penas são amenizadas e crimes maiores são acobertados alegando-se ciúme. Não seria esse o caso do assassinato do coronel Ubiratan Guimarães, comandante do Massacre do Carandiru em 1992, cometido em tese pela namorada, Carla Cepollina, após um ataque de ciúmes no apartamento dele?

Então, estamos falando de algo muito sério, que deveria ser assumido, melhor entendido e mais observado por nós mesmos.

Ciúme é uma emoção instintiva criada pelo psiquismo como reação ao medo de perder e pode basear-se no real ou na imaginação. É quase sempre negado, porque demonstra a nossa falta de autoconfiança e aguça o nosso complexo de inferioridade; já que sempre pensamos que há uma outra pessoa.

O ciúme é sempre acompanhado por outras emoções negativas e poderosas: medo, ansiedade, incerteza, insegurança, desconfiança, humilhação, tristeza, desgosto, raiva, descontrole, vingança, depressão…

Enquanto algumas pessoas conseguem lidar bem com essas emoções e todas as outras que o ciúme provoca, administrando até bem aquilo que sentem; outras não conseguem contê-las e precisam expressá-las ao seu companheiro; quer em tom de vitimização e proteção, quer em tom acusatório e possessivo.

O ciúme saudável: temos que considerar que o amor verdadeiro traz a cumplicidade e o compromisso pela felicidade mútua. Ainda que possamos sentir, em alguns momentos, uma pequena dose de ciúmes, é necessário aprender a lidar com as nossas inseguranças.

À medida que vamos conquistando a autoconfiança, o respeito pelo espaço do outro, estaremos também cultivando a saúde dos nossos relacionamentos.

Todo aquele que se dispõe a amar e a viver um bom relacionamento, zela pelos cuidados necessários à sadia convivência com a pessoa amada. Por isso, não faz do outro objeto de sua propriedade. Por mais que amemos a pessoa ao nosso lado, não temos o direito de posse da sua liberdade.

Para não perder um grande amor ou não sofrer de ciúmes, a grande dica é: faça-o admirar sempre! Busque recursos para isso e seja criativo. Tratar bem, controlar o ciúme, deixar a pessoa viver e “respirar” independente de você, fará com que a admiração seja tanta, que nunca se imaginará sem um parceiro tão fantástico e cúmplice.

Cuide muito bem de você para ser admirado. Ninguém o amará se você não se cuidar e, principalmente, não amar a si mesmo!

Lembre-se sempre: os ciúmes destroem uma amizade, um namoro, um casamento, uma igreja, uma família, uma equipe de trabalho, etc. Caso sofra deste mal, não deixe nunca de procurar ajuda, pois você merece ser feliz.

Alessandro Vianna é psicoterapeuta

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