Nem Dilma Rousseff (PT) e nem José Serra (PSDB). A ex-candidata a Presidência da República pelo PV, Marina Silva e o partido anunciaram neste domingo, durante plenária da sigla em São Paulo, posição de “independência” em relação à disputa do segundo turno da eleição presidencial.
No primeiro turno, Marina obteve 19,6 milhões de votos, quase 20% dos votos válidos. O apoio dela e do PV era cobiçado por Dilma e por Serra, que enviaram cartas à senadora destacando afinidades entre pontos dos planos de governo.
Após a reunião, Marina concedeu entrevista coletiva e afirmou que a “independência” aprovada pela plenária (segundo o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, de 92 votantes, 88 optaram por ‘independência’) não é neutralidade e que, “como cidadão”, o militante do partido poderá manifestar no segundo turno a posição pessoal em favor de um ou de outro candidato, desde que não utilize símbolos do partido.
Ao ser questionada sobre em quem votará no segundo turno, Marina Silva respondeu: “O voto é secreto e eu vou reservar esse direito de eleitora que eu tenho”.
Ela também rejeitou a hipótese de aceitar algum cargo no futuro governo, caso seja convidada pelo vencedor da eleição, considerando já ter dado a sua contribuição durante mais de cinco anos como ministra do Meio Ambiente do governo Lula e em 16 anos no Senado. “Às vezes, a gente contribui mais fora do governo do que dentro”.