Gabrielle Brandão: uma jovem que faz a diferença

A história mostra que há aqueles que influenciam e os que são influenciados. Deste segundo grupo, faz parte uma garota de apenas 15 anos que vem fazendo a diferença com sua luta em prol do meio ambiente.

Com apenas 15 anos, garota tem trabalho ambiental premiado pela ONU

Gabrielle Brandão é uma jovem ambientalista que tem mostrado que basta querer para poder mudar o mundo. Presidente de um instituto ambiental que leva seu nome, teve seu trabalho reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), que irá premiá-la em breve por conta de um de seus projetos.

Nesta edição do EcoMais, contaremos um pouco de sua história, um verdadeiro exemplo de que basta querer para ter um mundo melhor.

Mais Notícias – Quantos anos você tem? Como começou sua luta?

Gabrielle Brandão – Hoje eu tenho quinze anos. Comecei com dez anos de idade quando ganhei a oportunidade de apresentar um programa de TV pela Internet, de desenhos animados e clipes musicais. Quando voltamos das férias de fim de ano, falei ao meu pai que não queria mais aquilo e desejava usar o tempo para salvar o planeta. Mudei o programa, com notícias, entrevistas com autoridades do assunto e tudo relacionado a questão ambiental.

MN – Além de apresentadora, você também é atriz e fez algumas peças relacionadas ao meio ambiente. Como foi esse trabalho?

GB – Sempre gostei de artes cênicas e fiz um curso de teatro em 2007 que foi exatamente o que me levou para a TV. Escrevi, produzi e dirigi a “Flora Pequenina”, que foi apresentada para quatro mil crianças em São Paulo, gratuitamente, nos CEUs e estamos nos preparando para apresentá-las nas cidades da região onde moro, em Avaré. É mais fácil falar com crianças, porque elas ouvem mais. Os adultos vêm de uma cultura totalmente devastadora.

MN – Você fundou um instituto que tem seu nome. Tudo aconteceu ao mesmo tempo?

GB – No começo de 2008, comecei a atuar e em 2009, fundamos o instituto, porque sempre tive um ‘paitrocinador’ e dessa forma poderíamos conseguir mais apoio, até mesmo do Governo, que acabou não vindo. Tinha 10, 11 anos e meus pais largaram tudo, emprego, para seguir meu sonho. Desta forma, quando fazemos algum projeto, algum evento, buscamos apoiadores, empresas, que nos ajudam.

MN – Seu trabalho ficou famoso no mundo todo e você será premiada pela ONU. Quando será a premiação?

GB – Vou receber esse premio em maio, em Paris, no Forum Brasil-França, pelos objetivos do Milênio da ONU e meu projeto para construir um Complexo de Educação Ambiental cumpre um desses objetivos.

MN – Como você se sentiu?

GB – Fiquei em choque porque nunca fiz esse trabalho para receber prêmios, mas sim para conscientizar as pessoas. Quando fiquei sabendo, quase caí da cadeira. Nunca imaginei que, aos 15 anos de idade, iria receber um prêmio fora do Brasil. Já fui premiada, mas não por um órgão tão importante quanto a ONU. São coisas que nunca imaginei alcançar. Por isso que eu não desisto nunca.

MN – Como as pessoas podem ajudar a construir um planeta mais sustentável?

GB – Tudo começa em casa com coisas simples que ouvimos no dia a dia, como economia de água, de energia, trocar a mangueira pelo balde. Coisas simples, como plantar uma árvore em casa ou pelo menos as verduras que comemos. Tem gente que fala que isso não ajuda, mas é exatamente o contrário, ajuda sim. Imagine 7 milhões de pessoas plantando uma árvore, uma flor ou ajudando um animal? O mundo estaria bem melhor. Quando queremos fazer uma coisa em que acreditamos, temos que fazer. Tem que começar na nossa alma, no nosso consciente, saber que temos que começar a fazer alguma coisa e fazer. O Meio Ambiente somos nós.

MN – Que mensagem você deixa para as pessoas?

GB – O que eu tenho a dizer é se você tem a consciência, divulgue, fale para seu amigo, tente sensibilizá-lo. Se você não tem, procure conhecer a natureza porque você vai se apaixonar e vai começar a cuidar. Se você acha seu bairro feio, sujo, limpe, procure coisas que você pode fazer para deixá-lo bonito. Quando não conhecemos alguma coisa, como podemos amar o que não comecemos. Temos que conhecer e cuidar, para poder amar e fazer alguma coisa.

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