Estância fortalece ações de Saúde Mental durante a pandemia

Prefeitura adotou novos protocolos de segurança para atendimentos, que foram mantidos. Novos serviços foram disponibilizados neste período.

A rede municipal de Saúde Mental de Ribeirão Pires recebeu importantes reforços neste período de combate à pandemia do coronavírus. Os atendimentos oferecidos gratuitamente pela Prefeitura nos Centros de Apoio Psicossociais (CAPS) Infantil, Adulto e Álcool e Drogas foram fortalecidos, com a adoção de novos protocolos para garantir a segurança dos pacientes e seus familiares.

Os atendimentos nas três unidades não tiveram interrupções e seguem realizados especialmente por meios online (via Internet). As equipes da Secretaria de Saúde da cidade adotaram o teleatendimento, no horário de funcionamento dos CAPS, para ações individuais, em grupo, orientação familiar, manejo de crise e orientações gerais sobre saúde mental. As oficinas culturais de dança e música foram mantidas, bem como propostas de atividades físicas e de relaxamento (gravadas em vídeo e enviadas por meios online).

“Entendemos que este é um momento desafiador e novo para todos nós. Além de garantir a manutenção dos atendimentos aos pacientes já cadastrados nos CAPSs, nossas equipes realizaram novos acolhimentos, sempre priorizando as medidas de segurança contra a COVID-19. Além disso, implantamos novos serviços, como o apoio às famílias e pacientes no Hospital Municipal de Campanha e a criação de grupo familiar para tratar especificamente do luto”, observou o secretário de Saúde de Ribeirão Pires, João Gabriel Vieira.

No primeiro semestre do ano, os CAPS da cidade realizaram cerca de 20 mil atendimentos. O fluxo foi menor no período da pandemia. Entre março e junho, foram 5.500 atendimentos realizados, sendo, do total, 183 novos casos.

Além das atividades via Internet, os CAPS de Ribeirão Pires mantiveram o acompanhamento terapêutico multiprofissional a partir de contato telefônico semana ou quinzenal, dependendo da gravidade do caso, bem como o atendimento presencial para casos de emergência.

Sobre o novo grupo familiar para abordar o luto, a psicóloga Fernanda De Nadai, coordenadora de Saúde Mental da Prefeitura, explica: “este é um momento de perdas, de lutos diferenciados, em que famílias não podem se despedir de seus entes queridos. Mantemos o contato com esses familiares, utilizando técnicas de abordagem cognitivo comportamental específicas para a demanda de covid-19 por meios online, via WhatsApp ou salas de encontro virtuais”. O atendimento dos grupos de luto é feito pela psicóloga Bruna Sant’ana.

Acompanhamento de psicólogo no Hospital de Campanha – Desde a abertura do Hospital Municipal de Campanha de Ribeirão Pires, a unidade estruturada para casos de COVID-19 conta com o acompanhamento de psicólogo, inclusive para a realização de ligações por vídeo entre pacientes e familiares. O trabalho é feito por uma profissional da Prefeitura que está acompanhando todas as internações do hospital.

“Estamos trabalhando para promover expectativas positivas nas pessoas. Quando um paciente chega, além da humanização do atendimento pelos profissionais da unidade, tentamos manter os vínculos familiares através de tecnologias. Fazemos a escuta reflexiva, o apoio e acompanhamos dos pacientes”, explicou a psicóloga Rosimary de Oliveira Pedrosa.

Boletins diários – Todos os dias, os familiares dos pacientes internados no Hospital de Campanha de Ribeirão Pires recebem, às 16h, boletim médico com dados sobre estado de saúde. O Boletim é passado pelo médico responsável do plantão. Nesse momento, que também conta com o acompanhamento de psicóloga, os familiares podem esclarecer dúvidas e saber mais sobre como está sendo a internação do paciente.

“Estamos seguindo à risca os protocolos de segurança da Secretaria de Saúde do Estado e do Ministério da Saúde em relação aos procedimentos feitos no Hospital de Campanha. Cumprindo todas as medidas, mantivemos a humanização dos cuidados com os pacientes, especialmente nesse momento mais delicado, em que essas pessoas receberam grande volume de informações do lado de fora da unidade e muitas vezes já chegam com medo. Todo paciente é acolhido pelos profissionais, tem o acompanhamento psicológico e, sempre que possível (de acordo com o estado clínico) faz o contato por vídeo com seus familiares. São pequenas ações que fazem toda a diferença no processo de recuperação dessas pessoas”, avaliou o secretário de Saúde da cidade.

Compartilhe

Comente

Leia também