Jornalista Responsável pelo Mais Notícias
“A vida é assim mesmo.” Escutamos este “dito” em todos os lugares e em praticamente todas as situações do cotidiano. Mas, talvez, a situação na qual ele é mais usado seja na hora da morte. É claro que, geralmente, quem pronuncia tais palavras visa confortar àquele que passa pelo momento mais triste da vida do ser humano. Só que, perder alguém não é fácil de “engolir”, assimilar, deixar para trás e seguir adiante. E, sim, isso vale para quem tem animal de estimação.
Eu amo os animais, em especial os cachorros. Somente pessoas que possuem os mesmos sentimentos que eu entenderão a dor que é perder um amiguinho bicho, independentemente de ser um cão, um gato, uma tartaruga, etc. Quando criança, eu perdi meu canário de estimação, que estava doente. Foi algo horrível para mim. Nesta semana, perdi um grande amigo de quatro patas, que há cinco anos chamava de cunhado e com muito orgulho.
Só Deus sabe a dor que senti – e ainda sinto – no peito após sua partida. Uma dor que nem eu imaginava que seria capaz de sentir. Algo semelhante à perda entes próximos e queridos, como já aconteceu comigo antes. A ficha não cai. Saber que você não verá mais o animalzinho, que não ouvirá mais, que não fará mais carinho nele e vice-versa, enfim, dói. Demais.
Eu tenho um cachorro da mesma idade de meu “cunhado”, o qual considero meu irmão menor. O que esse “menino” já fez por mim não está escrito no gibi. Quantas não foram as vezes em que eu voltei da escola triste, pensando longe e ele vindo até mim, sabendo de meu estado e, então, começando a me lamber, a ficar a meu lado. Nesta semana, após o ocorrido, não foi diferente. Eu via a cara de preocupação em seu rosto e que ele estava tentando me ajudar. E sim, ele me ajudou. Conseguiu me consolar.
Já disse a ele mais de mil vezes que o amo muito, como a um irmão mesmo e que quero aproveitar bastante seus próximos anos de vida. Por isso, vos digo que ter um animal de estimação é uma verdadeira terapia para nós, seres humanos, e para eles, animais, pois o carinho e amor que eles nos transmitem é capaz de ser muito maior do que o de muitas pessoas neste planeta chamado Terra.
Mas volto a dizer, quem não tem esse amor fraternal pelos animais – os quais também são criaturas de Deus, como nós -, jamais entenderá o que nós sentimos por estes verdadeiros companheiros. Sabe aquele ditado, “o cão é o melhor amigo do homem”? É verdadeiro. E como é.
