Disputa por poder divide Conselho de Alimentação Escolar

O CAE (Conselho de Alimentação Escolar), que deveria fiscalizar a qualidade e o uso devido da merenda escolar no município, vem usando as reuniões do grupo para discussão e disputa interna pelo poder. Em reunião realizada na última sexta-feira, dia 5, o CAE ampliou essa disputa ao negar que a presidente Dulcimara Evangelista permanecesse no cargo.

Ao centro, Silene intitula-se presidente do Conselho e faz uso da palavra

A então secretária executiva, Silene Antônia Silva Lima, assumiu a presidência após manobra entre conselheiros que incluiu votação fora dos parâmetros do Regimento Interno. Segundo membros do Conselho que fazem oposição à Dulcimara, ela foi destituída em reunião do CAE realizada dia 20 de outubro após voto de cinco integrantes do grupo e não possui mais direitos na associação. Como justificativa para destituir a presidente, o Conselho apresentou as seguintes alegações: Dulcimara fazia visitas às escolas sem a presença de outro membro do Conselho e tomava muitas decisões sozinha, agia de forma agressiva, não acatava as determinações da ata, não colocava ordem nas reuniões e destorcia as discussões.

Em sua defesa, a acusada alega que não houve a destituição. “O que aconteceu foi uma votação ilegítima já que não houve convocação de acordo com o Regimento Interno Oficial, sem obedecer o quórum mínimo para realizar a eleição”, disse Dulcimara. Ela acrescenta que a reunião havia sido conduzida por pessoas que não fazem parte do Conselho. “Eu olho notas, comparo preço, vejo as datas, eu faço o trabalho de conselheiro e faço as anotações e por isso eles querem me tirar da frente desse Conselho”, protesta.

Embora ambas as partes reclamem poder sobre o CAE, o Conselho acha-se suspenso para que novos membros sejam selecionados e uma posterior reunião possibilite a eleição de uma presidência dentro dos parâmetros da lei. No dia 29 de novembro, todos os representantes de classes serão reunidos com os novos representantes para dar seguimento aos trabalhos.

Espera-se que com essa reorganização o Conselho volte a cumprir sua tarefa de fiscalizar a qualidade e os gastos com a merenda escolar.

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