Consequências da quarentena na relação com os pets

A pandemia de COVID-19 no Brasil teve início em 26 de fevereiro deste ano, desde então, até 12 de agosto de 2020, confirmaram-se 3.109.630 casos, a maior parte deles no estado de São Paulo, causando 103.026 mortes.

A transmissão comunitária foi confirmada para todo o território nacional, e por consequência houve o isolamento social, onde diversos setores foram afetados, áreas isoladas, eventos cancelados, escolas fechadas, trabalhadores em home office

O Ministério da Saúde posicionou-se de acordo com as orientações da OMS ao adotar o isolamento social com o objetivo de “achatar a curva de contaminação”, alguns estados e municípios optaram pelo lockdown como uma medida mais rígida para impedir o avanço do coronavírus, podendo a população sair de casa somente para atividades essenciais.

Com maior adesão da população ao isolamento social e ao método “home office” de trabalho, muitas pessoas tem sofrido com a solidão em casa e a companhia dos pets tem sido uma alternativa para reduzir a neura  do isolamento comprovando teorias sobre melhoria da qualidade de vida dos humanos quando acompanhados de animais no dia a dia.

ONGs que promovem adoções relataram o aumento significativo da procura por animais de companhia de forma online no período, ótimo momento pois com os tutores em casa integralmente, a adaptação dos pets se torna muito mais fácil.

O aumento da procura tem relação sim com a solidão mas principalmente porque as pessoas agora estão com tempo e dão mais oportunidades à atitudes que não teriam no dia a dia sem pandemia.

Porém essa é a realidade das classes econômicas mais elevadas, dentre as classes mais baixas, o abandono tem sido recorrente uma vez que muitos trabalhadores informais hoje estão sem fonte de renda e sem condições de sustento.

Segundo dados Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, entre janeiro e abril de 2020 foram registradas 4.524 denúncias de abandono de animais, 10,1% superior do que o mesmo período de 2019 e este fato pode ter sido motivado pela queda na renda das famílias e pela mudança na rotina da casa, que em alguns casos, pode ter se tornado insuportável com todos os membros da família presos em ambientes pequenos junto com animais agitados.

Os animais de estimação tem papel importante para a saúde mental dos tutores e comprovam o efeito positivo da terapia assistida por animais, em desencadear bem-estar e saúde emocional.

Pesquisas na europa constataram que, devido ao lockdown, confinamentos de dez dias já pode ser o suficiente para gerar consequências psicológicas negativas e a terapia com animais ou passar mais tempo com seus amigos pet foi um diferencial na manutenção da integridade mental dos confinados que foram afetados com a combinação entre medo da doença e ansiedade sobre suas consequências potenciais de curto e longo prazo.

Especialistas reforçam que a troca de afeto com os animais é muito importante para o bem estar das pessoas, devolvendo a elas a vontade de viver.

Resultado do isolamento, cães e gatos ganharam a família por mais tempo dentro de casa. Se é impossível ficar sem dar e receber carinho dos pets, melhor aumentar o rigor na higiene.

Como medidas de segurança deve-se evitar passeios na rua, caso seja extremamente necessário deve-se optar por horários alternativos ao fluxo de pessoas, pode-se lavar as patas do animal e passar pano umedecido com água e sabão ao chegar em casa em todo o corpo do animal,  reduzir a frequência de ida ao petshop e clínica agendando horário e evitando aglomerações, lavar as mãos ao tocar nos brinquedos e itens do animal caso você esteja infectado, devendo evitar beijos e abraços no pet a fim de evitar disseminação do vírus sobre a pelagem do animal evitando contaminar os demais membros da família. Leia mais em https://jornalmaisnoticias.com.br/coronavirus-canino-e-felino-nao-afeta-humanos-entenda-um-pouco-mais-sobre-coronaviroses/

O aumento desse contato direto com os pets pode gerar sérios transtornos e síndrome de ansiedade da separação com o fim da pandemia e restauração da rotina dos tutores. A melhor forma de lidar com a mudança da rotina é investir em enriquecimento ambiental e recreação como brinquedos, caixas, garrafas, bolinhas, obstáculos, etc e introduzir na semana momentos de passeio ou playground. Caso perceba sinais de ansiedade como lambedura excessiva de patas, comportamento estranho como roer os móveis, urina fora do local correto ou deixar de comer, procure um especialista comportamental (adestrador) ou médico veterinário que pode receitar terapias alternativas como acupuntura e florais que podem ajudar os animais a lidarem com a separação pós pandemia.

Dúvidas sobre a relação do Covid com os animais? Veja mais no vídeo https://youtu.be/ZOGjFYyo6KQ

Colaboração: Lia Silva – estudante de veterinária, tosadora e proprietária de petshop.

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