Chocolate: O Alimento Divino

É difícil encontrar quem resista a um pedacinho que seja de chocolate. Seu sabor incomparável fez com que durante o século 18 um botânico sueco chamado Carlos Lineu e que estudava as plantas das “novas terras”, nomeasse a árvore do cacau como Theo-Broma, que em latim significa Alimento Divino.

Chocolate pode ser encontrado em diversas formas e versões

Essa delícia pode ser encontrada em diversas formas, como pode ser constatado – e apreciado – no Festival do Chocolate de Ribeirão Pires: em bebidas, bombons, bolos, tortas, tabletes, e também em muitas versões: ao leite, branco, amargo, com amendoim, amêndoa ou avelã, com ou sem recheio.

O chocolate amargo é feito com os grãos de cacau torrados sem adição de leite, e algumas versões permitem a sua utilização como base para sobremesas. Deve-se usar um mínimo de 35% de cacau, segundo as normas europeias.

O tradicional chocolate ao leite leva na sua confecção leite ou leite em pó. As normas europeias estabelecem um mínimo de 25% de cacau.

A couverture é o chocolate rico em manteiga de cacau, utilizado pelos profissionais chocolateiros, sendo 60% de cacau e cerca de 40% de gordura.

Já o chocolate branco é feito com manteiga de cacau, leite, açúcar e lecitina, podendo ser acrescentados aromas como o de baunilha.

No último dia 17, foi divulgada pela revista da Sociedade Americana do Coração uma ótima notícia para os amantes do chocolate, principalmente as mulheres.

Um estudo conduzido com quase 32 mil mulheres suecas de meia-idade e idosas apontou que o consumo moderado de chocolate reduz o risco de insuficiência cardíaca. Mulheres que consumiram uma ou duas porções de chocolate de boa qualidade por semana tiveram um risco 32% menor de insuficiência cardíaca. Se a ingestão aconteceu até três vezes durante um mês, a chance caiu 26%. Para as pessoas que comeram chocolate todos os dias, a pesquisa não apresentou benefícios relacionados ao consumo contra a doença.

Participaram da pesquisa mulheres entre 48 e 83 anos. Até 61 anos, as porções consideradas eram de 30 gramas. Para o restante mais idoso, os pedaços de chocolate tinham 19 gramas. As mulheres responderam a questionários para informar sobre a frequência e o tipo de chocolate que comiam.

Os resultados foram combinados com dados do serviço sueco de hospitalizações e registros de óbitos entre 1998 e 2006, com a adoção de análises estatísticas para chegar a conclusões sobre a relação entre chocolate e insuficiência cardíaca.

Uma possível explicação pode estar nos flavonoides, compostos presentes em chocolates, ligados à diminuição da pressão sanguínea segundo boa parte da comunidade científica.

Na hora de consumir, os especialistas recomendam o chocolate meio amargo e como os outros tipos, com moderação.

“O chocolate, principalmente aqueles com maior percentual de cacau, como o amargo, possui altas concentrações de compostos bioativos como flavonóides e polifenóis que podem exercer diversos efeitos benéficos à saúde, como reduzir as concentrações do colesterol ruim e aumentar o colesterol bom, além de reduzir a pressão sanguínea, contribuindo para a prevenção de doenças do coração. Além destes compostos, o chocolate possui conteúdo significativo de gorduras monoinsaturadas (consideradas boas) e gorduras saturadas (consideradas ruins quando consumida em excesso).

 A recomendação é consumir um tipo de chocolate com maior percentual de cacau, devido a maiores quantidades de substâncias positivas para a nossa saúde e menor quantidade de substâncias negativas como açúcar, gorduras saturadas, etc. As pesquisas indicam que 38g (dois quadrados pequenos) de chocolate amargo ao dia possui um efeito positivo para a saúde.

Ressaltando que, apesar de diversos benefícios hoje em dia estudados, o consumo diário ou frequente de chocolate não deve ser indicado a todos os indivíduos, por isso a importância de consultar um profissional”, explica a nutricionista Camila Dayrell.

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