Apesar do receio dos pais, governos e profissionais da pandemia que ainda não acabou e que continua assolando o mundo todo, a necessidade da retomada às aulas se faz urgente, considerando a insegurança alimentar de muitas crianças, os estímulos para evolução cognitiva, psicomotora, aquisição do conhecimento, das pesquisas presenciais universitárias paradas, a sede da aquisição do conhecimento, fala mais alto. Alunos de todas as idades que estarão de volta as escolas, com colegas, professores e profissionais da educação se encontrarão, com faces e sorrisos escondidos pelas máscaras, porém com alegria estampada nos olhos, luz da alma, abraços e carinhos tão esperados, mas não permitidos pela obrigatoriedade dos protocolos de distanciamento sanitário e relações que continuarão truncadas, apesar de ansiedade da espera desse comportamento tão afetivo e necessário nesse momento.
Nestes dois últimos anos, os professores e as escolas tiveram que se reinventar, aprender a utilizar plataformas, aulas remotas, que com essa volta, continuarão da mesma forma, pois teremos alunos nas salas e em casa, teremos as aulas presenciais e remotas, fato que gera ansiedade, angústia e incertezas, pelo fato de não sabermos qual será o resultado efetivo desse trabalho. Sem falar dos alunos com deficiências e todas a diversidades com necessidades específicas que sua deficiência requer. Muitos necessitam do toque para pareamento de execução de suas atividades, como os com TEA/autismo, com encefalopatias que requerem merenda na boca, negação as máscaras e programas específicos e diferenciados.
Mas é o nosso trabalho, retomando aos poucos, reaprendendo, aprendendo a aprender, novas relações, novas formas do ato de educar, do letramento e formação para a vida, novos comportamentos, novos tempos. Assim como os profissionais da saúde que deram a vida para salvar muitos de nós, enfrentando a pandemia, está na hora de fazermos nossa parte e colocar a educação de volta nos trilhos.
Deus abençoe a todos os alunos, profissionais da educação envolvidos das escolas, familiares e governos, e tempo de aprender e reaprender. Se cuidem e vamos fazer o que sabemos fazer, educar, formar e transformar.
FELIZ VOLTA as AULAS
Por Leonice Moura Pedagoga, Bióloga, Pós Graduada em Educação Especial, Mestre em Distúrbios da Aprendizagem, ex-vice Prefeita e Secretaria de Educação de Ribeirão Pires e Diretora técnica da APRAESPI
