Alckmin fecha salas e professores paralisam rede de ensino

Na Av. Paulista, em frente ao MASP, cerca de 20 mil professores deram início a mais uma batalha contra o Governo do Estado de São Paulo. A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) deu início às tratativas para a greve em 29 de janeiro deste ano, desde então os professores estaduais passaram a ser informados de uma possível greve, caso a Secretaria de Educação do Estado não aceitasse as solicitações da classe. As solicitações variam entre recomposição salarial de 75% – o salário base da categoria hoje é de R$ 2.422,58. Com o reajuste passaria a ser de R$ 4.247,48 – reabertura das mais de três mil salas fechadas em todo o Estado, acarretando na demissão de 21 mil professores; desmembramento de salas superlotadas e etc.

Reivindicações variam entre reposições da base salarial e reaberturas de salas

Reivindicações variam entre reposições da base salarial e reaberturas de salas

Segundo o coordenador da subsede da Apeoesp, Alberto Gomes, mais conhecido como Professor Teté, cerca de 20 mil professores estiveram no MASP (Museu de Artes de São Paulo) na Av. Paulista. “Estamos trabalhando para convencer ainda mais colegas a aderirem à greve. Em todo o Estado 20% da classe já paralisou suas atividades e vamos continuar reivindicando até que nossas solicitações sejam atendidas”, comentou o Professor Teté, acompanhado do professor e membro do Conselho Regional, Marcos Romano Brites.

Sobre o fechamento de salas de aula, tanto Professor Teté quanto Romano ressaltam que “tal atitude desvaloriza e sobrecarrega profissionais”. “Com uma carga horária absurda, para um salário ainda mais absurdo, um professor não tem tempo de se aperfeiçoar. O Governo não afasta o professor que quer fazer um mestrado, influenciando na qualidade de ensino”. Foram 35 salas fechadas em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, somadas à Mauá, por exemplo, o número chega a 90.

A greve atinge 40 escolas estaduais em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra; se todas tiverem adesão de 100% dos professores, o coordenador da subsede da Apeoesp diz que pelo menos cinco mil estudantes serão prejudicados, “mas que é necessário lutar por um ensino de qualidade e valorização da categoria”.

De acordo com Teté e Romano, o Governo já sinalizou que “não vai negociar” com  classe que “não haverá reajustes. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo foi procurada por nossa redação e se comprometeu a responder nossos questionamentos, mas até o fechamento desta edição não havia retornado com as respostas. No próximo dia 20 será realizada outra assembléia em frente ao MASP na ás 14h.

Compartilhe

Comente

Leia também