Nos últimos tempos, ganhou força um movimento de pessoas que se posicionam contra as vacinas, o que é preocupante. Uma prova da eficácia da medida preventiva tem relação com uma vacina de cachorro: graças às campanhas de imunização pela vacina antirrábica, a doença foi praticamente erradicada na América Latina.
Outras doenças, como a cinomose, não são consideradas zoonoses — ou seja, não passam dos pets para os seres humanos —, mas colocam em risco a vida do seu amigo. Para te ajudar na tarefa de mantê-lo protegido, montamos um guia com informações sobre as principais categorias de vacina para cachorro.
Vacina antirrábica
Para que serve: uma das principais vacinas de cachorros, imuniza o pet contra a raiva canina. A doença é uma zoonose grave, que ataca o sistema nervoso central. Seus sintomas são agressividade, falta de coordenação motora e salivação excessiva. A doença é fatal tanto para cachorros quanto para seres humanos.
A vacina raiva cachorro deve ser tomada a partir de 16 semanas de vida, de acordo com orientação do veterinário. Depois disso, deve ser reforçada anualmente, respeitando o calendário de vacinação. Esta é administrada em uma dose única inicial com reforço anual. Lembrando que ela é obrigatória.
Vacina múltipla ou polivalente (V8 e V10)
Para que serve: imunizar o pet contra 8 a 10 doenças de origem viral ou bacteriana. São elas: cinomose, parvovirose, coronavirose, hepatite infecciosa canina, adenovirose, parainfluenza e até três tipos de leptospirose. É importante saber por que tomar as vacinas e quando.
Quando deve ser administrada: a partir de 6 semanas de vida, de acordo com o veterinário. Depois disso, deve ser reforçada anualmente.
Em quantas doses a vacina é administrada: são quatro doses iniciais, com intervalos de três e quatro semanas entre cada uma. Após primeira etapa de imunização, exige reforço anual com dose única.
Vacina contra a giardíase
Para que serve: imunizar o pet contra a giardíase. Causada por um protozoário, a doença é uma zoonose que provoca alterações no sistema digestivo. Entre seus sintomas estão: diarreia, náusea, vômitos, gases, dores abdominais e fezes com sangue. Fique de olho nos medicamentos e saúde do seu cãozinho!
Em casos mais graves, pode levar à morte por desidratação. Embora não previna 100% contra a doença, a vacina reduz sua incidência e gravidade.
Quando deve ser administrada: a partir de 12 semanas de vida, de acordo com o veterinário. Depois disso, deve ser reforçada anualmente, respeitando o calendário de vacinação.
Em quantas doses é administrada: são 2 doses iniciais, com intervalos de três a quatro semanas entre cada uma. Após a primeira etapa de imunização, exige reforço anual com dose única. É obrigatória? Não, mas é recomendada.
Vacina contra a gripe canina
Para que serve: vacinação de cachorro contra a gripe canina. De origem viral, a doença, também conhecida como “tosse dos canis”, pode aparecer em qualquer época do ano. Seus sintomas são sinais clínicos da gripe, como tosse, espirros, febre, coriza e perda de apetite. Se não tratada, pode evoluir para um quadro grave de pneumonia.
Quando deve ser administrada: a partir de 8 semanas de vida, de acordo com o veterinário. Depois disso, deve ser reforçada anualmente. Em quantas doses é administrada: são duas doses iniciais, com intervalo de três a quatro semanas entre cada uma. Após a primeira etapa de imunização, exige reforço anual com dose única.
Vacina contra a leishmaniose
Para que serve: imunizar contra a leishmaniose visceral canina. Transmitida por meio da picada do mosquito palha, a doença afeta o sistema imunológico, atacando as células fagocitárias, podendo atingir órgãos importantes. Entre seus sintomas mais comuns estão: lesões e descamação da pele, problemas oculares e nódulos.
Quando deve ser administrada: a partir de 16 semanas de vida, de acordo com o veterinário. Depois disso, deve ser reforçada anualmente. Em quantas doses é administrada: são três doses iniciais com intervalo de três a quatro semanas entre cada uma. Após a primeira etapa de imunização. Exige reforço anual com dose única.
É obrigatória? Atualmente, tramita na Câmara um projeto de lei que visa tornar obrigatória e gratuita a vacinação contra a leishmaniose. Uma vez que a doença é considerada endêmica, a vacinação é recomendada especialmente para cães que vivem ou farão viagens para locais com grande presença do mosquito transmissor.
Atenção ao calendário de vacinação e às datas de reforço!
O intervalo entre a administração de uma dose anual e outra corresponde ao período em que a vacina mantém sua eficácia. Por isso, é importante respeitar as datas estabelecidas pelo veterinário no calendário de vacinação e estar de olho em quais vacinas o cachorro deve tomar. Do contrário, o pet poderá ficar desprotegido.