Hoje 15 de outubro dia dedicado aos professores, me trouxe à mente recordações de figuras que tiveram papel importante em minha adolescência, apenas como o instrutores de determinada disciplina, mas do modo como conduziam suas aulas e sua relação com os discípulos dentro e fora da classe.
Citarei aqui dois nomes que acredito ser unanimidade entre os alunos do Colégio Felício Laurito na década de 60, cada qual por sua singularidade: o professor de português e latim Melquiades José de Souza e o professor de artes e desenho, Antônio de Pádua Paschoal de Godoy.
Mestre Melquiades, nordestino severo formado em Colégio Católico, educado por padres era admirado pelo conhecimento das matérias que lecionava, e exigia muito na classe. Ganhou o apelido de mestre quando um aluno, o Fernando Salero, assim o chamou num discurso em homenagem aos Professores num 15 de outubro como este.
O Professor Godoy ao contrário, bastante liberal para a época, intercalava as aulas com longas conversas sobre diversos assuntos extra matéria, onde respondia questionamentos da classe e resvalava as vezes pelo campo minado da educação sexual, porém nunca extrapolando limites, nem impondo ideias a seus discípulos ávidos por este tipo de conhecimento.
Godoy se foi muito jovem, enquanto o rijo nordestino Melquiades fez carreira no magistério chegando dar cargo de Delegado de Ensino da Região, tendo também se aventurado na política sem muito sucesso.
O legado desses denodados profissionais pode ser avaliado hoje na figura de seus ex discípulos, homens e mulheres que carregam consigo os ensinamentos e exemplos de dedicação a difícil carreira que abraçaram.
Meus parabéns aos mestres do presente, passado, e aqueles que no futuro abraçarão a nobre e importante missão de educar nossos filhos e netos.
Gazeta
