A sessão da Câmara da última terça-feira (30) teve em pauta, mais uma vez, o Projeto de Lei que concede a área onde ficam a antiga Fábrica de Sal, a Biblioteca Municipal Olavo Bilac e a Escola Municipal Profª Lavínia Figueiredo Arnoni de forma gratuita por 99 anos para a construção de um Shopping Center, o que causou revolta por parte do vereador Renato Foresto (PT).
Durante o uso da tribuna, Foresto indagou o líder do governo, Hércules Giarola (PMDB), sobre qual seria a estratégia do prefeito Saulo Benevides para aprovação, já que o projeto está na pauta da Casa há três semanas. O petista lembrou que estamos em ano eleitoral, o que limita as possibilidades de aprovação. Giarola, por sua vez foi inconclusivo: “acredito eu que não seja durante o período eleitoral, porque nesta época não se pode fazer nem inauguração de obra pública e após o calendário já pode”.
Foresto lembrou dos projetos recentes para o leilão de terrenos, um deles rejeitado no início do mês passado e outro, que foi aprovado na semana passada. “Já que aqui eles fazem o que querem vamos pôr o da Fábrica de Sal também, vai que aprovam”, afirmou, antes de completar “hoje eu acho que o projeto não passa, no mínimo seis vereadores já se posicionaram contrários a doação da Fábrica de Sal. Mas, se o projeto fosse votado e rejeitado, ele (Saulo) iria apresenta-lo de novo e de novo, até passar. Isso porque eles querem vender as áreas públicas da cidade”.
Foresto encerrou sua fala com um desafio: “Tem coragem Prefeito? Coloca o projeto para testar. Eu tenho certeza que aqui não passa e ele sabe disso”.
A pauta da sessão desta semana foi totalmente adiada para a próxima terça-feira (06). Entretanto, ainda há expectativa de que o projeto possa ser retirado.