Desequilíbrio ambiental: uma nova interface da tuberculose entre a saúde humana e animal

Por Eliana Maciel de Góes Médica Veterinária CRMV4.534

A Tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que constituí um sério problema para a saúde humana e animal, incluindo os mamíferos e aves domésticos e animais selvagens. A Tuberculose humana representa um grave problema mundial de saúde pública, sendo o Mycobacterium tuberculosis o principal agente envolvido nessa espécie. O M. bovis, agente etiológico da tuberculose bovina é patogênico para praticamente todos os mamíferos.

A preocupação com o controle dessa zoonose deve-se às suas implicações para a saúde pública e à economia nacional, uma vez que a sanidade dos rebanhos constitui um fator fundamental para a produtividade pecuarista.

A tuberculose tem sido observada em animais selvagens por todo o mundo. O isolamento do M. bovis em espécies selvagens demonstra a importância desses animais na cadeia de transmissão da tuberculose bovina, podendo ser um potencial disseminador da doença entre os animais domésticos e o próprio homem.

Vários fatores podem contribuir para a maior proximidade de animais selvagens nos ambientes domésticos, seja em propriedades rurais ou em áreas urbanas.

O impacto ambiental decorrente da pressão antrópica tem provocado um processo contínuo de degradação de áreas protegidas. Dentre as conseqüências do desequilíbrio ambiental, espécimes selvagens tendem a sair de seus territórios naturais, podendo trazer sérios prejuízos à agricultura e a saúde ambiental.

Nesse contexto, trabalhar a conservação da vida silvestre de um determinado bioma reflete diretamente não apenas a preservação do nosso patrimônio natural, mas também atua na prevenção da tuberculose e de outras enfermidades infecciosas de importância para as populações humana e animal que ainda devem ser amplamente estudadas.

 

Quando não preservamos o meio ambiente em que vivemos, nós estamos deixando de nos preservar!

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