Segundo pesquisadores da Universidade da Cidade de Nova York, as pilhas de borra de café que são descartadas diariamente podem desaparecer com o mau cheiro típico do esgoto. A constatação foi publicada na revista “The Journal of Hazardous Materials”.
O estudo apontou que a borra de café pode absorver o sulfeto de hidrogênio, gás causador, em grande parte, do odor do esgoto. Atualmente, usa-se carvão ativado ou carvão poroso para extrair o sulfeto de hidrogênio do esgoto nas estações de tratamento.
Contudo, os pesquisadores descobriram que, quando a borra de café é transformada em carbono ativado, ela absorve enxofre – um dos componentes do sulfeto de hidrogênio -, particularmente bem. Isso se deve à presença de um componente fundamental: a cafeína.
A engenheira química da universidade e uma das autoras do relatório, Teresa J. Bandosz, explicou que a cafeína contém nitrogênio, que aumenta a capacidade do carbono de eliminar o enxofre do ar. Para carbonizar a borra de café, ela e seus colegas misturaram a borra à água e ao zinco e depois secaram a mistura em um forno.
Bandosz espera que empreendedores adquiram os direitos de patente da pesquisa e a convertam em um negócio.
“O café fresco funcionaria ainda melhor, pois possui mais cafeína”, afirmou a pesquisadora. “Mas não é econômico utilizá-lo”, concluiu.